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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Amigo,

Ninguém é tão forte, que nunca tenha
chorado.
Ninguém é tão fraco, que nunca tenha
vencido
Ninguém é tão inútil, que nunca tenha
contribuído.
Ninguém é tão sábio, que nunca tenha
errado
Ninguém é tão corajoso, que nunca
tenha medo
Ninguém é tão medroso, que nunca
tenha coragem

Ninguém é tão ninguém, que nunca
precise de alguém,
como eu preciso de você.

Por anônimo n° 1496, nas suas andanças de ônibus. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor

sábado, 15 de dezembro de 2012

Demonstre Amor Falso
 e você terá sexo.

Demonstre Amor Verdadeiro
e você terá amigas.

Mas há uma coisa que não podemos negar, mulher ou homem, Dinheiro é um ótimo imã para "produtos chineses".

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

1# Dos Lixões da Internet

"Senti algo diferente no ar.
Um presságio de algo que estava por vir.
Algo pesado, perigoso, letal.

Mas nada disso iria me amedrontar
Antes mesmo que eu pudesse dizer isto em voz alta...
Eu fui atacado.

Algo me acertou pelas costas.
Quando dei por mim, estava caído no chão.
Uma dor indescritível.
Era pior do que eu jamais poderia imaginar, anões. (>?????????<)
Lá estava, de pé na minha frente, meu pior pesadelo.
Assim que recobrei os sentidos, me levantei em um salto

Parei em frente ao meu desafiante.
Uma única escolha me restava.
Tomei coragem e parti para o ataque.
Assim foi o dia em que eu perdi  minha vida.

> Quer saber quem me matou? (>continua.... mas não<) Leia apenas a primeira letra de cada frase e saberá..."

Por Anônimo n°10004909

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Forquilha do Destino

Sob os tetos debaixo dos chãos
Existe apenas um vão
donde vós tentais encontrar o vosso pão

E de suas mães
tetas tilintitam tortuantes
pelo o que em pó já nem dão vazão

Por pró-revolução
Mataram Maria, Martiría

Mas no lugar de Jesus, impuseram João
Corrupção?

Desce da Cruz então
Pedro, da salvação
Pois dos tijolos
Hoje só se fazem os Guetos

Mas Obstante, sem se quer lema
Gestantes encontrariam seus problemas

Em novos tempos de pedras prisioneiras
Atiçavam-se às suas filhas
Formavam-se as pedreiras

Um após uma
Degráis e de graus
formava-se o mundo
comprimido e incubado
como um Gigantesco
Muro inacabado

Sob os tetos debaixo dos chãos

O meu maior equívoco
foi achar que algum dia
eu iria falar
por aquilo que acreditava

Meu erro
Meu ego
Meu lamento

Minha língua subjugada ao seu céu
Limitandu-se a gaguejar
lírias e odisséias
De amores que tão pouco me aconteceram

E a gente passando cada vez mais fome
de vida, de sede e de tempo
Vendo na plena apatia  dos jornais
A terra sendo reduzida à veios
traições em estupro por nossos intelectuais
Nossa Corrupção, e os nossos herois

Disso não voz falo
Patria amada de idolatrina
Nem se quer a mim mesmo
Alienando-me junto ao meu veículo

Oras senhores
Pessoas
Amigos
A vida é uma droga
e uma das mais viciantes

Mas fomos nós que a tornamos assim
Já não é o suficiente para um basta?

Ou um basta já não é o bastante?


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

caixa

Eu tenho um sonho
Guardado no meu bolso
Ele é simples
Um tanto velho,
Mas ainda inteiriço

Dos tantos outros
Só esse ainda acho de vez em quando

Mas hoje ele tanto me pesa
Que pudesse eu
Faria-o voar da palma de minha mão
Como um barco de papel
escorrega leitosamente
voando sem se quer remar

Com o tempo todos eles Morrem
Sonhos não podem ser apenas sonhos
Se não, já no dia seguinte
Eles acabam

Em poucas horas
Tudo não passaria de uma breve madrugada

Mas se fosse real,
Esse que agora se enrosca no meu peito,
Saberia que não esquecê-lo-ia
Em uma manhã seguinte

Pois que uma vida de sonhos
Guardados em leito
Não passa de um sangue, sem vinho
Ou de ouro, sem mel


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Na terra de amores 
não possuo mais dores. 
O que vale mais, sentir ou ser?

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

De rotas

Por quê porcarias
São o que escapam por meus dedos
E as linhas só se fazem tortas?

E os círculos saem deformados
os olhos não enxergam?
A boca não fala?
e a frustração me cavalga?

falo muitas coisas
Mas não há o que ser visto ou ouvido

Como um teatro de gente pequena
Vivendo uma fase de rotas
Sem pontos de fugas
Ou orquídeas

O Éter

Olá nova alvorada
Aqui então me entrego
Rendo-me de todos meus crimes
Asilando-me na plenitude que  aguarda

Posso ver o horizonte avançar
Rumo ao seu eterno abraço final
E as ondas, quebrando-se contra as rochas
do meu corpo

Já não há mais o que lutar
Nem afago, nem ternura
Um ócio vago e oco

Eternizando
o Fim

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Poesia de artesanato

Gabriela, Gabriela
será cravo ou canela?

A bem de mim talvez a queira

ao zombo,
os desencantos já ordenhados
se fazem azedados perto do seu cultivo

orquídia nenhuma se faz tão barata
sem causar grandes tormentos
mas perto de ti, em tua selvagem aquarela
são quase tão relés
quanto as mais putas do grajaux

meu tesão se faz mais barato
que um maço de cigarro
e minhas doces palavras
já não são tão belas como antes

por isso Gabriela
nada lhe ofereço
que brilhe como o seu sorriso
ou esvoace seus cabelos
bailando com seus cachos

apenas um feio improviso
de um mendingo poetivo
desperdiçado na madrugada
de uma sexta feira


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

motivos para se ter motivos

o ipode quebra, não posso mais ouvir músicas
meus rascunhos de desenhos, não saem
nada que eu escrevo presta

voltei com o blog, ninguém olhou
dei boa tarde, ninguém respondeu
não dei boa tarde, vinheram as cobranças malcriosas
quando procuro alguém, ninguém está disposto
mantenho um excelente cuidado para não explodir, uns minutos de falha ninguém se dá o trabalho de saber o que há de errado
confesso problemas, ninguem se importa
começo a desenhar, ninguém me apoia
começo a tocar, ninguem me ouve
começo a falar, ninguém me escuta

enquanto eu ouço toda ibecilidade que todos sempre tem a falar
vejo todas as idiotices que sempre insistem a pintar
sacudo a cabeça à toda babaquice que ousam profanar
pois a vós,
vocês mesmos,
senhores e doutores,
donos do mundo e de suas verdades
, honéstissomos e honráveis amigos,
saudo-vos e digo: as favas!
vão para puta que os pariu

sábado, 17 de novembro de 2012

Meu eu

Eu quero um sentimento forte o suficiente para escrever, grande o bastante para revolucionar e quem sabe até um dia desenhar.  Cantar tão alto a ponto de me emocionar, e com as lágrimas compor uma bela canção. Rir-me com os amigos ao "teatrar" péssimas peças lúdicas. E acima de tudo, ter dentro de mim a inspiração que me faria um dia mudar o mundo

Casais de bibelô

são os casais de bibelô
esperando em vão
fazer dos seus amantes
o que se faria fácil
com um pouco
de diamante

Algorismos

Lá vinha ele todo desengonçado, cabelo despenteado e cadarço desamarrado.Poderia querer tantas coisas, mas sempre, quando a olhava, sua tensão o forçava a ser só mais um paradigma. Paradigmas! Isso azedava sua vida mais que veneno, após anos a fio abrindo mão de sua liberdade e ficando cada vez mais preso em paradigmas.... isso fazia sua revolta crescer. Haviam dias que já acordava querendo destruir as pessoas, o mundo, a si mesmo!! A insanidade se instala em qualquer um que vive sem ser a si mesmo!

Ah liberdade... tão cobiçada, tão quanto o beijo de uma mulher, o carinho do seu toque ou o mergulhar na água fria. O mundo é complicado e simples, se você filtrá-lo, sem tornar-se cego, poderá ver o que tanto procura, e tenha certeza, estará ali.

Mas não importa tudo o que ele fazia, a dedicação ao violão, o desapego à ideia academicista do ensino, os zilhões de horas que passou lendo livros, ou qualquer outra coisa que lhe fora importante algum dia, nada disso era o suficiente para que as pessoas finalmente o reconhecessem, lhe desse a sua almejada liberdade. Em vez disso acabou perdendo alguns amigos, perdeu alguns romances, viu muitos que ,por imaturidade, desprezava, tomar o seu lugar. Ele teria um diferencial, e um comodismo surreal para lhe compensar, nada é entregue de bandeja. O que poderia fazer? Onde iria? Já não havia mais tempo para devaneios!

Ele queria, ele desejava ser diferente, único, singular. E a cima de tudo, conseguir o exito da sua mais árdua missão: Se tornar a si mesmo. Poderia ser simples, deveria ser simples, mas assim não o era. A vida não lhe será fácil, nunca! E se ele quiser seu triunfo terá que lutar, terá que ser honesto e admitir todas as suas fraquezas, insanidades e manias tendenciantes aos vícios. Ele teria que ser honesto, mesmo se isso fizesse os pensados "leigos" se afastarem dele, e somente havia os "leigos" perto de si, ficaria só, temia isso. A Pesar de passar praticamente o dia todo em casa, só, temia o abandono das pessoas, por isso mentia, se escondia numa face que não era sua e que só o atrasava!

Estava cansado, triste. Apesar de tudo, ainda era um humano, uma criança! Queria viver romances, aprender a pedalar, à cair da bicicleta, mas alguns lhe parecia tão distante, será que não haveria ninguém naquele mundo além de sua própria matriz que o amasse? Por que isso? Será que era assim tão desinteressante? Não importava o que ele pensava e escrevia, por maior que pudesse se tornar seus textos?

Por quê? Por quê ninguém se interessava de verdade e conhece-lo? Era assim tão patético? Feio?
Não era compreensível, não, não; tão pouco verossímil... o que faria? Ele queria o beijo de uma garota, ele queria viver suas fantasias não importando o quanto juvenis elas poderiam ser, ele queria escrever ele repetidas vezes e ainda assim vencer a estética... O que era preciso para ganhar um beijo? Saber como calcular o volume de um tronco de uma pirâmide? Paixão pelas artes? Dedicação ao desenvolvimento de música, escrever, poetizar  O que?? O que seria nescessário? Uma boa dose de mentira e uma finta malandragem? Seriamos assim vazios? Não, não somos vazios... mas por quê então, por quê não haveria de conquistar suas paixões? O que o barrava? Por quê um texto que lhe parecia tão bom, no final é uma real desgraça? Não podia mais se enganar, tudo ia errado, estava a caminho de uma breve ruína, deveria lutar. Como conseguir a atenção dela? Como ter a chance de seu carinhoso afeto? Como ser visto por outros olhos? Como fazer com o que sentia saísse tão natural e relevante quanto sentia? Não sabia a resposta para tudo, na verdade não sabia nada!

mas como agora dizia a sua dialética: Quando não souber para onde ir, siga de ré...      
                                                                                                                                         [a maré]

daisie

Da sua janela, sempre tão bela
perdiasse  Lisbela
vendo o seu amor passar

na esperança de que
o seu olhar
fizesse por algum dia
uma  bela flor brotar

esperando
 talvez assim
que o fizesse ficar

na esperança de que algum dia
ele a voltasse a olhar



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Minha Terra

A minha terra não é a dos salgueiros
Tão pouco a do caviar
Nem das esquadras
Ou até mesmo de Cabral

Não vivo entre palmeiras
Nem lembro do assobio do sabiá

Mas me lembro com clareza...

Da multidão que se aperta no busão
De sua imensa agitação
 maior até
do que  um parque de diversão
Do descaso vivido por todos nós
Em seus diferentes graus

Lembro também de correr entre os moleques
Quando era um
E levar sova da minha materna
Por sempre ir muito longe de casa

De paixões irrealizáveis
Das brigas entre amigos, sem sentido
As perseguições com apelidos
Malignamente indelicados

Aqui tem histórias
Assim como há em qualquer lugar
Mas não somos como aí
Muito menos como acolá

Minha terra
É a terra que é minha
E sempre será

Em vida ou nas trincheiras
Na saúva e na dormência
E sempre:
Ao vencedor, as batatas!

Assim
Não obstante
O seja!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aquele malandro Otávio

1° Parte 

 Era uma vez um tal de um homem que não sabia atirar, vivia, pois meu caro, a irreverência do acaso! Óh, Otávio, acho que era assim que o chamavam.
 

  Já faz tempo desde daquela que o vira passar por entre as portas da velha padaria do Seu Tonho, e, malandro como sempre, este Otávio de outrora pedia os seus 4 cacetinhos para ter de levar algo a família. Morava ele e a mãe, faz tempos que não a vejo, suponho que tenhas falecido em todo esse tempo que já passou, se não me engano o pai fora fazer a guerra ao Regime do A.I.5, ou será que fora Vargas? Não me lembro mais, não me lembro mais... esses de hoje já me são tão parecidos! Mas não devo divagar! Não, não, continuemos a história. Certa feita a situação complicara para Otávio, sim, sim, ele crescera! O mundo mostrou-lhe a verdadeira face ao atingir-lhe, aos seus 16 anos, quando a mãe confessou que já não havia mais como continuar a trabalhar, a catarata devastou o que outrora foram lindos olhos verdes, agora tomados por um carregado triste cinza-azulado. Com o risco de faltar comida em casa, ah! O jovem Otávio largara a escola municipal, que já me disseram haver uma tal de diretora doida, Beatriz Estrange... algo assim, e adivinha só! Extraviava por debaixo das mangas o capital que supostamente deveria servir para reformar a biblioteca! Oras cá pra nós dois, sejamos sinceros, não se ensinam gatos a latir! Que moleque iria se enfiar naquele furdunço, se não para dar um tapa? Deixa disso companheiro!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dadá

Violetas são vermelhas
E as rosas são vermelhas
O jardineiro é assassino.

"Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros jesus chamando criancinhas do dia, o retorno a primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano."

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mas eis que chega a roda-viva

"a gente estancou de repente
ou foi o mundo então que cresceu"


QUANDO DEIXARÃO DE ACREDITAR QUE NÃO HÁ MAIS NADA A LUTAR?
O ABSURDO É INACEITÁVEL
SE ASSUJEITAR É IMPOSSÍVEL!

OS TEMPOS NÃO MUDARAM PORQUE PARAMOS DE NOS IMPORTAR
NÓS NOS MATAMOS COM A FARSA
QUE TODOS OS DIAS INTERPRETAMOS
PARA NOS ACOMODAR NESSA BABAQUICE

E ESSA INTENSA PAIXÃO QUE NOS MOVE
NUNCA NOS DEIXARÁ NOS ADAPTARMOS
E TORNARMOS MAIS UM

AS MENTIRAS NOS GOVERNAM
AS MUITAS QUE NOS SÃO CONTADAS POR NÓS MESMOS
TENTANDO EM VÃO NOS CONVENCER QUE ESTÁ TUDO BEM
ENQUANTO O QUE NÓS VEMOS É O PRÓPRIO INACEITÁVEL

QUE MORRA A ESTÉTICA
O PADRÃO E O ETERNO!

OS NOSSOS MARIÍS MORRERAM
PARA O TEMPO NUNCA PARAR!

EU NÃO NEGAREI O QUE SOU!
A REALIDADE É INADAPTÁVEL
 POR ISSO ANTES AGONIANTE DO QUE MAIS UM

A REVOLUÇÃO NÃO IRÁ PARAR!


inocente, utópico, fantasioso, seja o diabos que for, o absurdo é real e aceitado! Que seja um imaturo então, deixo esse espaço para minha criança interina falar o que os adultos já se acostumaram a não ver.

O condicionamento, duplipensamento, o benepensante tornaram-se reais no mundo, mas o questionamento, a nossa natureza, é o que tornou-se mal visto e rejeitado. Não são poucos que percebem o não coeso e incoerente mundo dos assujeitados, mas quem ousará falar?

somos tantos, mas estamos tão sós em nossa displicência que nos tornamos nada. Incoerente ou não, ainda assim estamos aqui, fingindo, mentindo, enlouquecendo, para aceitar tudo o que é imposto.

O tempo não pode parar
pois
O tempo não para.

um desabafo não move o mundo
não faz nada
um desabafo é um desabafo
assim como um boa tarde dito
mas nunca falado


domingo, 19 de agosto de 2012

Pois o nosso samba agora virou bolero, capoeira....



Choro de saudades pelos velhos amigos
que desde antes de conhecer já eram velhos
Choro, choro sim
com forte saudade daqueles tempos      
                                                                 [mesmo
não tão antigos,
mas que já não os são mais

Ah companheiro, eu choro
por já nem mais falar sobre isso
e estar rendido nesses tempos

Por minhas lágrimas estarem secas
pela aspereza deste pragmatismo
eu choro com essa preguiça alienante que me sufoca.

Já não sou mais o mesmo,
vocês que me viram,
Mas sempre quando olho para trás
choro escarrando esse pó
Que nos faz de mero
e ordinário barro.

sábado, 11 de agosto de 2012

Mas é claro que o sol...

Alegria, Alegria
é estar compartilhando

Olhar nos olhos e beber
Sorria, já não é só gracejo

Tão doce
E ao mesmo tempo tão profundo
no seu Jazz da favela
Ou da Favela do jazz

Dançamos, cantamos
Fizemos folia em pleno berço
do carnaval dos poetas

Agora, o sol avança sobre as águas,
onipotente e megalomaníaco,
deixando seus traçados alaranjados
como um último olhar de Narciso
refletido no seu espelho,
                                                             [em frangalhos

Mas nos diga,
                                                             [oh céus,
aonde se olha para beber do sol?

mas diga a mim,
não diga a ele
diga a mim,
não diga a ele
diga a mim,
mas não, não
dessa vez,
seja à ele.

sábado, 4 de agosto de 2012

Ideias Madrugadas

Aqui quem vos fala é a madrugada
não mais triste
não posso, não agora...


o sono? afastou-se
então vambora liberdade!
já não é mas manhã nem tarde

e mesmo o dia
sendo sempre tão quente
agora chove, chove
e chove pela minha madrugada!

a brisa pode passar
o sereno e o luar
a calmaria
e afinal silêncio
dos seus doces desalentos

o sol por fim virá
por isso canto agora, girassol
o dia já nasce apertado
já não há mais espaços

e nós poucos
refugiados
sempre indo pra onde quisermos

o vento passará
brincando com seus cachos

e assobiará
como um jazz
nos deixandos tão leves
tão prestes a flutuar

somos felizes ao cantar
redundantes ao pensar

mas há toda manhã
para vir nos separá

no final, afinal
somos leste e oeste
fazendo soprar
 vento no litoral
do esquecido meu, oh deus
 Norte-Nordeste, um cordel de fogo e coral








segunda-feira, 23 de julho de 2012

O resto do rascunho

Meu conforto, meu pesar
Eis o tempo que passa,
E em poucas horas
Mais uma parte de você
desaparece em meio ao pó

Os signos nos separam,
Mas nem toda astrologia do universo
poderia ressucitar aqueles velhos momentos

Eu vi a Mona Lisa
de verdade e em aquarela
seus cabelos em cachinhos...
desbotavam-se no lençol
E a vida que era
encarar aquele olhar
verde castanho i dourado
e rir
para não amar


Mas não lhe falei...
 nem só, bom dia
deixei-te escapar
com o segredo das flores

Meu bem, meu mal

Meus olhos não acompanham o sorriso
não tenho tesão nesse comum gargalhar

mas em poucos minutos eu sou eu
e você pode me ver

mas em pouco some o brilho

e sumo na minnha multidão
formada por imensidão
de ninguéns


Prata e Mel

O medo, o estilo
Ambos se contemplam

seja como o tal do samurai
que hoje eu fui tão feliz
de ter deixado essa parte pra trás

Eu estou a lutar contra o poder
Que me fincou como raíz
Nesse tal de eterno final

mas não é assim
existe muito mais
do que diz

o céu, a terra-água e o ar

Cobre

Não nasci torto
Fui entortado
Como o pouco trocado
Que me deram de  vintém

Velho Samba

Menina bonita
Menina bonita

sua vida é uma tal de aquarela

Quem sabe se passa
quem sabe se é hoje
que ela  me olha da sua janela lelelê


Menina bonita
o que é que te faço para me falar

Quem sabe eu me jogo
Quem sabe eu me jogo, nesse meio
pintado de azul e amarelo
pra gente dar muitas risadas
de onde a vida não nos olhe
e que sabiá mais um sorriso
que nos olhos seja um pouco mais.....
do que aquele um velho abraço
juntinhos e colados
ao som do mar e luz
ouvindo a boa prosa
nessa nossa
rodinha de samba


domingo, 24 de junho de 2012

Branco e Cinza

Saudades
Essas flores que me matam

Dias e dias
Sem ver o sol se por
As flores se abrirem
A vida nascer num suspiro

Saudade
O que fazer?
Se por ti devo fazer
Faço-o então
Mil e uma vezes, pois não.

E quando todos os sóis tiverem se apagado
E a primaveira tiver dado as suas últimas flores
A verei de novo

E toda a vida voltará
A esse cenário
Negro e Cinza


A meses atrás

Campos

Pensei, por muito pensei
Tentei com cada Sabor, cada Cor
Cargas, Diipolos e Materiais

Mas nada, absolutamente nada
Me satisfaz

Uma pergunta faz outra
E a outra comprova que nada tem resposta

Mas mesmo assim
Um Rosto
Um olhar
Um sonho
Faz tudo ser 
como o que sentimos quando vemos o amanhecer

Sonhos não tem respostas
Apenas são, assim como tudo o que se faz belo


Madrugada

Escura
 é
Frio
E tudo azul

Olhos pesam, pensam
Lembram do que deveriam fazer

No sol, o calor das cores
Uma saudade aperta
falsa e mizerável

E um botão de violeta
Se engraça
 cresce em seus cabelos

Ingrato,
se enrola com miocárdio

Ah céus, infarto

Mas volto pro azul
Quieto e cinza

Com a bruma passando pelos meus pés
é a madrugada que vem me buscar
 e lá me leva como onda
"a segunda estrela à direita 
e então direto, 
até amanhecer"

onde os alarmes da manhã
não podem mais nos apagar

terça-feira, 19 de junho de 2012

Vilvallmé

"Não me julgue!"
.
.
.
.
.
.


você

Prosopon [Edição bugada]

Verdes, verde
 suave brumaria

Seja então saudade
 do olhar nos seus olhos

E ser real

Como como esses  raios de sol tão primários
   formigando luz no horizonte
Sem mais nem porque...

Tento acordar, em seus braços,
  Ainda preso na minha cela [mas
Dos tantos Eus que ficaram 
  lá embaixo da sua cama


 Você que sempre me dizia

"a sombra está repleta de criaturas
e você ficou preso,
no mundo das penumbras!"

Um trabalho, que ofício?
  Personalidades
E como início de todo princípio
  o estouro da partida
Como um Adeus de despedida
  um breve olhar de momento

O seco

Movimento o seu
       sorriso
E já vira um olá


a poesia que se faz
integralmente nos inicia

O universo é um infinito
  amorfo
Como um cubo que vive
 nas suas eternas sequencias sequências

domingo, 10 de junho de 2012

Ofício do orus... físsil, não difícil

gotas por gotas
remédios e remédios
Horas são minutos
e uma interrogação.

ponto é maísculo 
só quando é exclamado
por você que passa 
no vermelho contramão

Olho pros meus olhos
naturais de silvestres

Listras são listras
tal como lírios campestres

Orquídeas são selvagens
mas o cachorro não late

quando janela  abana 
pra um vento assobiar

O veneno ainda escorre...
Por um lado do seu canto

A essência que nos resta
Se diluiu do que não presta

Sou mais um
do que só me resta

espelho meu copio
estado ópio do reverso
interrogo a mim mesmo
e exclamo para o mundo

contradigo o mais fácil
ignoro o difícil

foi fácil mas sorrir
com a papoula do sorriso,
diluir quando, se, pensar
difícil solvente
de ofício de-demente

achei
que eu
estava andando

mas balaas perdidas!

não tenho pernas...
nas mãos

só esculto pelo umbígo
salve o índigo umbígo!
Glória ao ventre vortíce de todos nós

pois  Glória!, menina

viva a morte
morte a viva

sou um texto
sem pontos de final,
mais um grau de-dominancia
,

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Manifesto Coca-cola

A vida é fácil e vocês são preguiçosos
Tenho o mundo todo aqui no meu bolso

O que você me pede que eu não posso comprar
Eu pago pro meu empregado ir lá na feira encontrar

A polícia tem é mesmo que atirar
Truicido no inglês, não pago em português
E o seus filhos tão aqui é pra me roubar

Invejoso é foda
Não trabalha e não estuda
Reclama de tudo e para as minhas ruas

Chama meus netos de burguês
Entram tudo pro MST

Até as terras do vovô tão querendo levar

Caboclo é a raça mais ruim que existiu
É tudo mula relaxada de pouco raciocínio

Eu sou é da zona franca de Manaus
Toco o terror na minha casa no Neblon
Sou descendente de eslavo-germano americano cabo verde

A gente quer é nossa vaga
Na estadual e federal
Estudamos pra ser médico
O nosso sonho universal

Os políticos são corruptos
Os corruptos é político

Eu falo mal do que não gosto
E que se enforquem os que incomodam

Eu não discuto, eu professo

Não vou vagabundar nas ruas
Faço manifesto em casa com meus filhos
Encho suas cabeças do bom moralismo

Não carrego bandeira
Só a do futebol
Comedio os amigos
De virada é mais gostoso
Mais gostoso é de virada

Se assim como eu
Você sempre tem o que dizer
E muito pouco o que fazer
Porque a gente tem que trabalhar
Não paramos as ruas, nem fazemos barulho
A não ser que meu Bahia esteja a jogar

Não há nada que eu não queria que eu não possa apagar
E a sua rede públia é a minha particular

Esse é o manifesto do burguês
Muito a falar e nada pra dizer
Todos são ladrões e votamos em nós mesmos
Mas tudo fica certo
Meu salário vem dia 1°





"falo pra caramba
mas eu vou ter o que comer
estudei em escola cara
e eu sou mais um burguês
falo mal de mim
e reclamo de você
mas 'o último dia de dezembro é sempre igual a 1° de janeiro.'.".

sábado, 28 de abril de 2012

A Quimera

- Tom, preciso falar urgentemente com você.
- Pois não, meu senhor. O que passas?
- Eu queria poder chorar, mas de mim nem lágrimas correm mais.
- Mas por que queres chorar, amo?
- A realidade que eu queria estar não é a que vivo, nem a que finjo viver. Minha vida não passa de uma grande mentira contada por mim mesmo, o tempo todo, e que de tão inocente já tomou o espaço do meu verdadeiro eu por mais de séculos!


- E por que não vive o que queres viver?
- Porque não acredito que achem que haja espaço para mim.
- Você acredita?
- Não há razão para não ter espaço para alguém.
- Então por que ainda não fez nada?
- Por que eu sou como você, Tom, não somos deuses, somos criaturas. Sempre vivi em função do que querem de mim.
- Mas você não possui forma?
- Sem dúvida de que possuo, mas sempre abro mão dela para me tornar o que vejo no meu reflexo nos olhos das pessoas.
- Por quê?
- Porque sem elas não tem sentido existir.
- Você não acha que elas podem estar abertas a saber quem você realmente é?
- Não sei mais o que se passa por aquelas cabeças, rapaz, nem mesmo o que querem que eu seja.


- Por que não tenta ao menos uma vez viver realmente de modo intenso toda sua realidade? Seja a vontade!
- Não tenho coragem de ser julgado sobre a face de quem realmente sou, esse é meu último santuário.
- Você vive em uma ilusão mestre! Quer tanto tocar no real, mas não abre a mão do seu mundo de sonhos!
- Mas ele foi a única coisa que eu tive como companhia, Tom. Quando todos partiram o que me restou foi a minha amigável imaginação.
- Mas agora você pode viver com pessoas reais de novo, largue esse passado!
- Não, Tom, por mais que não seja "real" é o que sempre me fez companhia, se isso não pode ser real, eu não posso!
- Mas senhor, nem tudo pode ser como você quer, não precisa concretizar cada um desses sonhos que se passou em sua mente. Certas coisas sempre lhes serão íntimas.
- Eu quero viver Tom, já não posso me prender mais a mim mesmo! Estou farto de não ser quem sou e quero espaço para poder mostrar o que realmente sou!
- Espaço? Não se engane, o que você realmente quer é permissão, sua criaturinha.
- Veja bem o que está falando! O que passou por sua cabeça?!




- Meu mestre, conforme sua filosofia varia, eu vario e se a ideia do que é a existência já se tornou vaga, eu mesmo não preciso estar preso a conceitos tão moralistas, ou seja, agora sou livre.
- Você realmente é minha prova absoluta de que, de forma alguma, a existência pode ser definida como sonho ou realidade. Porém, meu caro, minha existência nunca verá isso como verdade, sou limitado a no máximo viver a realidade.
- Então mestre, viva, faça o que tem que fazer e não se limite pelo o medo. Viva as consequências, porque não as viver não as fará deixarem de existir.




- Tom meu amigo, todos os dias é de você quem sinto mais falta, mesmo "estando" aqui o tempo todo. Tentarei viver e se tiver sorte serei humilhado a ponto de não ter mais vergonha de mostrar nenhum "defeito".
- Mestre, você será julgado assim como todos os outros foram, é inevitável! Mas você pode sobreviver a isso,  então "viverá o que você possivelmente viverá". Agora eu parto, chegou a hora de você vir até mim.
- Já estou chegando Tom, talvez...

O Ás da depressão - 01

Não existe felicidade para aqueles que não possuem determinação para fazerem o que querem, apenas uma série de oportunidades perdidas  e uma frustração absurda que abre espaço para o questionamento da própria realidade. Eu vivo no mundo que está na minha mente e perco as pessoas que estão do lado de fora. O passado não volta, laços são partidos e você, se tiver o azar de ser como eu, logo afundará em si mesmo, distanciando-se do que um dia foi importante e real

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Existiu

Ah que saudade!
Daqueles tempos que conheci tantos camaradas
E nossas conversas sempre desaguavam em discussões filosóficas

Ah que saudade das pessoas que sempre quis conhecer
Daqueles mistérios que sempre estiveram tão perto

Sim, saudade daquele momento
Quando eu sorria por ver que já não era só um sonho

Hoje, que já tornei a falar sozinho,
Suspiro.
Pela falta do que agora
Não passa de minhas mentiras

Os que me enxergaram já não enxergarão

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Espirro

Estou acomodado e quero falar de amor, mas não quero ser mais um a falar o que já se falou. Rima é a arte desnecessária que faz chorar quem não possui nada para ser chorado, arranca flores por mero deleite. Quem vê a vida a enxerga por um olho, e um olho sempre vê o que se quer ver. Somos abstratos, não nescessitamos de sentido, somos afirmações prontas para serem desafiadas. Somos seres metafísicos, somos entidades. Somos organismo, não passamos de gravidade. Antítese?

Saúde!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mensagem numa Garrafa


A realidade não passa de uma grande mentira feita para nos acomodar em nossas vidas, é contra isso que eu luto. Sonhei tão alto que tentei levar esse sonho para as pessoas, o sonho de ver sorrisos, lágrimas, gargalhadas nessa viagem para nossa liberdade.
Comparado a antes, posso ser considerado morto em vários aspectos, mas, graças aos poucos que arrastei nessa loucura, consigo ter a vontade de dar vida a esses sonhos que um dia dividi com essas pessoas que ainda me fazem me sentir vivo. Agradeço a vocês por serem loucos de pedra que nem eu porque sinceramente, eu só existo com vocês.

Dedicado principalmente aos meus fiéis escudeiros Dani, Natie, Lara e Yan (que provavelmente nunca lerá isso, mas "tamo ai"), e a todos os outros náufragos que eu perdi de vista.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Pergaminhos Velhos Não Escritos 1/1

O silêncio chega ao mundo
com o sono carregado no seu véu
As palbebras que vão
 se fechando

Em súbito espanto!
[Se] despertam,

mas
Peesadamente
  voltam a adormecer
 sem mais ter que enxergar
e nunca mais acordar [retornar]

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Caos



O Caos



Ele estava além mesmo do próprio espaço e nem precisava mais ver a vida, seus pensamentos já bastavam. O tempo ainda não existia, mas mesmo assim aos poucos ele afundava mais e mais sobre si mesmo, seu peso o dobrava sobre a própria cabeça. Já não havia humor, nem mais queria o poder, porém para sua desgraça já era tarde, afundara tanto que agora ficara preso em sua própria consciência e mesmo assim ainda não parava de cair. A angustia ali cresceu tal qual trepadeira a ponto conseguir de finalmente o silenciar os seus gemidos. O gigante já não dormia, nem mais existia! Toda a sua existência sumira ali mesmo em sua mente.

O titã se apagou!

Então ouve-se uma explosão.
- Buuuum!!
Teria sido um sopro de vida?
- Buuuuuum!
Será que haveria algo além das cavernas que o outro vivera enterrado?
- Buuuuuuuuuuum!

Era isso! A vida!

As estrelas finalmente começaram a surgir, toda a metafísica fora ativada, enfim, o tempo começou a girar! Das carcaças do suicida a liberdade pode brotar quase como líquens que aos poucos conseguiria sumir com toda aquela barbaridade que que sobrara daquele parto. Sua infelicidade já não era lembrada, talvez nem mesmo existira ele estava tão preso a si que nem mesmo notara o espaço, não havia como o ter notado. E o que parecia ser o final na verdade se tornou a concretização do desejo do então suposto amargurado. Agora a existência estava solta, uma entidade livre a "atuar" infinitamente pelo espaço.

Sim, o seu fim dera início a tudo.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Index (ou Um abraço a fugacidade)

Poderia ter sido muito mais coisas na vida
Mas travei como esse que nada faz
Apenas vaga
vaga
vaga
vaga
e divaga

Santa idealização
Que nas noitas escuras você traga a criatividade
Me faça companhia
Por que agora os que ficaram
já estão indo...

Esse é o meu mundo
O que há de excesso sempre é rejeitado
E que tem pouco nunca chega ao nescessário

Um olá à minha companheira
E mais um devaneio!

Aquele abraço!


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

2# Pátria que me pariu!


2012



Baianos entram em extinção após o mega arrastão do carnaval desse ano. Estudiosos apontam que a recente greve da PM possa ter iniciado o processo.

Veja também:
  • TV Bahia diz que tudo vai bem após chegada de mais 5 oficiais da Força Nacional.

  • Centro Administrativo passa a fechar às portas 12h após a nonagésima invasão.


  • Os últimos sobreviventes baianos negam os boatos de sua extinção com o lançamento do mais novo hit do momento: "Ai se eu te arrasto" com a participação ,via telefone, de Michel Teló.





....











Oxe meu filho, apocalipse só na Bahia mesmo! Vuuuuum bora que eeh nois no 2012

"#como-ser-um-bom-poser-na-sua-própria-terra"

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

1# Pátria que me pariu!

Pelo menos


4 soldados, um francês, um americano e um brasileiro estavam no meio da guerra. Ao vê-la perdida o francês como último ato grita:
- Pour la liberté!
Para não ficar para trás, o americano o segue urrando:
- For country!!!!
Já o brasileiro, que é bom malandro, quando deu por si viu seus companheiros a muito longe em pleno urro , praguejando e sem ter o que gritar improvisou:
- Ah, foda-se essa merda.
- Pelo menoooos!!!!!!!!!!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Otário

Verdadeiro,
Só aquele que consegue trazer timidez mesmo entre seus iguais

Se supera em desjeito

E prefere agir em delírios perto de algo realmente importante
Em vez de vivê-lo verdadeiro tal qual mente

Só um...
Só mais um mesmo.

As vezes, um clichê

Pra quê escrever prosas
Quando se tem licença poética?

Preguiça, a Viva!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Tal como nuvem

Algumas coisas vivem apenas em memórias
E o que não estão nelas simplesmente não são lembradas
Tal como o presente
quando sempre que se pensa já é passado
Tal qual futuro
que é apenas imaginado...

"Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado... quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente agora?! Agora testemunhe, esta logo atras da porta"

verdade está no que se vê

Se eu provasse um pouco da minha própria insanidade
A própria não faria sentido
Então como se realizar em tal ato
sem poder se pensar?

Ser o seu não ser sempre é explorado

Mas quando o real deixará de ser
Um en cai xotado?

Do criador a criatura

No começo
Cria e atura
Perde as esperanças
E se sortudo insiste só por só

O início é o mais bizarro
nesse ver-se meu
Nunca dará em si
Como tal futuro Grandioso

Aos olhos dos que vão se ver em busca
Sem talentos, sem nada
Não hão-de ser visto no começo
A não ser na propria vergonha alheia
Escorrendo, por cobra, a sua mente

Pois o sucesso faz-se como deus
Surgindo inspontâneo
Tal qual fogo
Que arde-se sem se ver

Sem saber

Algumas coisas recusão sentido, apenas existem
E por mais que se pense sobre a sua verdade
Nada vem-se a dizer

Sinto tanta falta
De algo que não sei

E faço o que odeio
Por não sei mais o que

Não sou obrigado
Nem escravo
Mas vivo travando minhas vontades
Ditando regras que me limitam
Sem fim ou verdade.

A vida é feita de limites?
Você vai do começo ao fim?

Então,
Por que não te vejo e
o que determina
Vento do litoral?

"Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado"

Legião Urbana

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Marketing

O drama, a ilusão, o piscante
esses chamam atenção.
Agora verdade verdadeira
só mesma aquela que colocamos
embaixo do tapete

domingo, 1 de janeiro de 2012

אַנאַרטשיסם

Somos Reis Gordos
Falsos, Hipócritas
Traidores da própria raça,
Abortos.

E nesse mundo não há curingas
Apenas um bando de falsos profetas
Ludibriando essas crianças
Que tanto se dizem adultas

Somos vermes desprezíveis
Corrompidos pela lama do orgulho
Que nos fazem rastejar dia após dia
Nos grilhões desse sistema
Que consegue fazer nossa inocência ver beleza

Um dia as chamas lamberão a terra
E não restará um só que lembre
Dessa desgraça em que vivemos