Páginas

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Velhas Contas

Havia uma janela por trás da porta
   uma moeda girava em seu parapeito
    distante podia-se encontrar uma macieira
Tão velha que seus galhos retesavam-se no chão
     um esquilo corria apressado
     e uma cigarra havia se enterrado em seu casco
De repente via-se a lama
     chovera durante a madrugada
      mas a tempestade lhe distrai
      poderia ver os pingos de chuvas de sua cama?

escutava-se um  tic-tac perdido pela casa
   Já não se sabia que horas eram

o chão a muito não era penteado
seus cabelos nunca foram varridos
o forno deixara de se alimentar,
comer já não o aqueceria

mas se esquecia em poucos
por isso contava cada moeda que havia em seus bolsos
    Triste miséria, um deles havia sido rompido

não por pouco, mas alguns tustões 
não tirariam seus dedos do bolso,

Pior que a verdade é a feitiçaria
se tão logo soubesse que uma moeda sumiria