O mundo estava repleto de meias verdades e desespero, e o anestésico já não fazia efeito. A vida, em sua tão bela e complexa enormidade era rapidamente reduzida em tão pequenas palavras de insultos, criando figuras mitológicas que reduziam a todos à meras criaturas!
Tudo se tratava de ser preto ou branco, e pior, em um mundo tão grande, muitas vezes o preto é quase branco de tão preto! Tão quanto as religiões, existiam os diversos padrões contraditórios de preto e branco, nos quais certas verdades deveriam ser mais aceitas do que outras.
Na realidade era muito simples: a verdade é o que passa pela garganta, mas o que chega aos ouvidos nem sempre o é - conceito perfeitamente biológico, evolucionista e cartesiano - tal qual isto.
Narciso ao olhar-se no espelho, não apaixonava-se pelo seu reflexo, não mesmo! O que se via era a hipocrisia do que se criticava tanto nos outros, mas que transbordava em seu caráter.
Nessa Terra, cada um se achava o heroi do pedaço, e afinal de contas ninguém queria sua vez em ser o monstro da jogada.
Sejam Bem Vindos onde o assassinato tanto era heroico quanto terrorista, apenas dependendo de qual boca o contar. O problema do mundo é simples e claro. Vou dizer a vocês.
O problema do mundo é o problema do mundo!
Sendo claro, o problema sempre é externo e independe de nós. E curiosamente independe de todos nós, sendo o problema o problema de si próprio! É a única coisa que parece plausível na relatividade das meias palavras absolutas, complexo e sistemático.
Por fim, o fim:
A verdade não será encontrada,
Os sábios se encarregaram de criá-la.