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domingo, 22 de fevereiro de 2015


os tempos passam
e
as escolhas que não foram tomadas
servem de decisão
para aqueles que sempre se esconderão
atrás de suas próprias mentiras

todo sonho acaba na vontade de ser jovem





Quando eu acordar
há de ser um novo dia

Começar novamente
O que nunca fiz diferente

E quando o sol tiver se posto
não estarei perdido

com as mãos no bolso
estarei pensando em ser um encosto
e um rosto esquecido

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Viva a ultraviolência coletiva

Olha lá
Aqueles que nem param pra sorrir

Mas não chora
Pois até a pior das tristezas vai embora

E em meio às decadências
às vezes falta-lhe um amigo
conversas rápidas e um abrigo
na sociedade das desilusões

Então não castigue
nem afague

Apenas chore e sorria
pela vida que é mais bela do que se imagina

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Sopro

Eterno passo belo
olhos na estação
depressa, deselegante

ia embora a embarcação

Ó deus o que eu faria
jamais seria alegria
se não viesse sofrida...

Chá para Jasmim

Vai lá
mas diga que não volta
pois já não posso esperar

e se o inverno passar
a dor curar
e o sol surgir

eu estarei por aí
com meu velho sapato
um bolso furado
e a saudade de ti

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Será eu um monstro?
Não há engano

No mundo das amarguras
Não há espaço para canduras


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Correios

Não há tempo para ser feliz
Fácil seria comprar o que você sempre quis
Mas há coisas que nem se vendem em leilão
Se não causava inflação

ou não

Esperas alguma coisa do seu redor
Talvez as coisas estejam de mal a pior

Mas sempre você pode piorar
Cantando piolhos dos Jornais

Porquê
Da onde será que vem o tiro?
Será um grito?

Nem sei
Se amanhã
ainda estarei vivo

Mas não importa
Por que no final
Continuará
sendo
Eu

E que diferença fará?




Cálcio pros Ossos

Etérea é nossa alma
Tão bela e macia

Quem dirá, a cheirosa
Alva alegria

Somente sobrará
Durante a pós vida


Adubas então
Sua casca vazia
Semeia as mentiras
E espera brotar
Quem sabe virá
A justiça final

Copo Vazio

As tuas curvas às vezes
Terminam em contramão

Cuidado
O bom pode ser ilusão

Ilusão tão passageira
Quanto o toque de suas mãos

e

Em Palavras de amor
ainda existia a traição


o mar

Havia o mar
E aqueles que queriam velejar

Mas só as tormentas eram enxergadas
Daqueles que viriam por se afogar
Ao começo de um novo dia

Mas se isso importa
Tampouco cabe a dizer

Somente que o mar
Não verá um dia a nascer