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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A dor que nunca senti
Agora vejo em seus olhos

Estaria eu a parte do mundo?
Não sabia como lidar

Qual apoio poderia dar?

Mas com os restos da humanidade que tive um dia
Lhe dou um afago e um abraço

Junto com o desejo de que algum dia
O conforto lhe seja algum lugar

Mas os mortos nunca irão voltar

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

As lágrimas estão secas,
A luta é verdadeira

Ressentimentos

As palavras sempre saem ásperas
Agora que tudo que fazemos parece machucar

As flores de nosso outono
Já começaram a secar

Não há mais simplicidade
Em meio à nossas intrigas
Na eterna busca por atenção
A qual nenhum de nós podemos dar

Os anos estão gastos,
Os sapatos apertados

Nossas memórias foram esquecidas
Guardadas no sotão de uma casa vazia

São os dias atuais
Em que no âmago da solidão
Agora posso me libertar

sábado, 8 de novembro de 2014

Antes de enlouquecer
Antes de me cegar
Já não vale me entristecer
Ó prenda

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Antes de entristecer
Antes de me culpar
gosto de você branquinha

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Ainda resta um pouco de Caio, ou encerramos por aqui?

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

The life is a waterfall
spinnning-out of my eyes
telling me all of your lies

In the mirror I scream
About all the thoughts
Whispering about How I must Kill You

How I must, hells

Meine Wutliebetod
Aufmerksamkeitkriechen

sábado, 27 de setembro de 2014

Mentiras

Pudesse eu retornar da escuridão
Renascer das minhas cinzas
Natureza divina

Meus pés já não tocam o chão
Um rio escorre por  entre minhas mãos
Mas a tristeza é a casa...
da euforia...

E eu apenas sorri
Quando então percebi-me ali
Que nada havia para mim
Estava enfim, a sós

......

Pudesse renascer de uma escuridão
Natureza maldita
As cinzas de minha escravidão
Não fazem de minha vida divina

Das mãos não me escorre a euforia
Sorrir
Era que me dizia

Jazia em minha casa
apenas a velha solidão

Nem só, nem pó
Um nó, um só

Bastava para então livrar
De tudo aquilo que
 já não queria mais lidar

Enfim, a sós
Tristeza não dói
A verdade é pior



.......

Pudesse me livrar da escravidão

Dessas cinzas malditas

Os conselhos jamais farão de minha vida legítima

O pó eu aperto nas mãos
Minha saudade findou-se no verão

Afundando-se no mar
junto com o meu coração

Por sua oração.


......

Findar-se-á a imensidão
Por tal beleza indigna
Suas palavras jamais farão
De sua decisão legítima

Os quadros dessa prisão
Contam o que sua alma dizia
Os tempos que foram bons
Não passam de uma infância perdida

Mas não há de findar
O que não irá terminar
Seu nó se soltará
O mundo, então, voltará a aceitar


A solidão não faz de sua dor
Uma poesia legítima
Os gritos no corredor
Não passam de uma fantasia

Não há espaços para divagações
Sobre como ela se esquecia
Da imensa falsidade
Por debaixo de sua carne,
 escondida

Me poupe de demagogias.







domingo, 10 de agosto de 2014

Só Agosto

É só isso amor
Pegue todos seus recados
Esvazie os armários
Que nossa história agora acabou

Todos seus abraços
Foram eternizados em uma folha
Que secou

E lá fora amor
O vento sopra por meu rosto
A bruma envolta ao meu rosto
Por uma tarde em que só andei

Cansado, o sol queimava o meu corpo
Me confortava ali no peito
E cochilei no colo de Morpheus

E no fim da tarde
O sol se juntava com o mar
Viam-se as estrelas a se banhar
Era um choque da realidade

Enfim a liberdade
Já não me importava o que passou
E ainda era só Agosto
E era só Agosto
Por fim só era Agosto


Deus me livre

Deus me livre
Do seu cigarro
E mantenha-me longe do seu trago

Deus me livre do seu cálice,
Que me afaste dos seus lábios

Esqueça o seu afago

E nem a imagine com outros alguéns

Não me deixarás cair na tentação
De todo seu mal
Amém


Dia de cão

Longe de mim, passa o cheio
ônibus dos errantes
Acotovela-se de lá
Acotovela-se de cá
E de repente uma paixão
Que logo irá se murchar
 ao longo das estações

Dia mundo cão

sábado, 9 de agosto de 2014

Fica pra depois

Mas o que fica pra depois
É aquela comida que sobrava no sábado
um cinzeiro cheio de cigarros

Ficou pra depois
o refrigerante que esquentou
e as formigas recolhendo os farelos do que sobrou
a carta que você nunca leu

Fica pra depois
A louça abandonada
E a panela que me acompanha durante o almoço

Mas sobrou um filme antigo,
um sábado vazio
Cortinas fechadas
Um copo de água

Uma saudade que não acaba

E apenas bons amigos
Deixar, Tarde, Olhos
Longe, Nunca, Teus
É, Me, Para, 
Dos

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Despedidas

Olhos, fechem-se lentamente
Ao som da minha melodia

cortinas agora se dobram
libertando-me de minha desalforria

,e se de repente é tarde
 a gente não sabia
imagina então a alegria!

mas entardece-se a maresia

e muito sorrateira, você se aproxima
como num compasso surdo e ouco
tudo já havia sido perdido 
junto com meu suspiro rouco

então, já distante
seu perfume se despia
era o início de uma tarde 
que se transformou
em
poesia
melancolia 


domingo, 6 de julho de 2014

Uma vida a viver
Uma prova a se perder

E não a mais nada a lhe dizer

sábado, 5 de julho de 2014

O Homem sem Sombra (II)

6 de julho de 2008

Adoraria poder contar uma história na qual os anjos me levaram até o céu, ou como eu flutuava sobre o meu corpo, vivendo aventuras fantásticas de quase morte. Mas não, nada de fenômenos sobrenaturais para vocês, agradeçam por isso!

A verdade é que era como se ainda andasse pela praça, podia sentir Camila  logo atrás de mim ainda com telefone em seu ouvido. Por quê não podia enxergar ela? Estava cego?

Empreguei toda minha força para abrir os olhos, estava em uma total escuridão. Havia algo muito estranho tocando o meu rosto. Estava desesperado e impotente. Minha mente não pensava com clareza. Eu tinha certeza de que havia alguma coisa demoníaca sobre o meu peito, roendo vorazmente a minha carne. Era exatamente como em um sonho realmente ruim de um começo de noite.

Lentamente, pude erguer um pouco das minhas pálpebras. Tudo estava extremamente claro e embaçado. Seria assim ficar cego? Havia uma silhueta sobre o meu corpo, alguém estava tocando o meu rosto! Mas eu estava tão desesperado, que o meu corpo inteiro não reagia a qualquer comando. Ouvia gritos, mas não pude escutar suas palavras. Meu coração começou bater descontroladamente, meu corpo suava. Meu corpo começara a se chocar violentamente contra a cama. Rapidamente,  braços fortes  começaram a me segurar, haviam enfiado algo em minha boca. Por quê estariam me torturando? O que eu fizera de tão ruim para estar ali? Estava morrendo?

De repente senti um forte dor em meu corpo, todos os meus músculos se retesaram. Pontos brancos surgiram a minha frente. Mas o que aconteceu em seguida, me pareceu totalmente involuntário. Subitamente ergui meu tronco e vomitei. Vomitei como ninguém nunca vomitou. Era como um grito desesperado escapasse por minha boca. Um animal inteiro poderia facilmente ter escapado de meu estômago no meio daquela cena. Minha respiração começou a se normalizar e pude sentir meus olhos lacrimejando. Agora alguém começara a segurar  minha cabeça e injetaram alguma coisa em meu braço.

Foi extremamente perturbador, tudo o que havia do meu tronco para baixo estava, digamos, não muito apresentável depois do que aconteceu. Não preciso explicar a vocês como isso gerou outras três situações igualmente desagradáveis quando o cheiro daquilo alcançou o meu olfato.

Ironicamente, aquilo me fez despertar. Nunca tivera um olfato muito bom, na verdade ele era horrível. Minha rinite havia o deteriorado quase que completamente. Mas agora, pelo menos, podia enxergar um pouco melhor. Meus pensamentos fluíam com maior clareza, mas a claridade ainda fazia minha cabeça doer. Meu estado estava deplorável, me esforcei o máximo possível para não prestar atenção no que quer que fugira do meu estomago, despejado logo à minha frente.

Finalmente podia prestar atenção no que havia ao meu redor. Havia um técnico de enfermagem de cada lado de meu corpo e uma mulher, atrás de minha maca, aos prantos. Com certeza  estava em um hospital, pensava. Era muito fácil de reconhecer: as paredes coloridas criativamente com um branco monótono e misturadas com quadros de crianças fantasiadas de flores,  obviamente um leito de hospital. Vocês poderiam concluir então, com toda a lógica e segurança que a inteligência de seus cérebros podem permitir, que aquela mulher, que estava logo a minha frente, seria a minha mãe. Eu realmente queria que fosse ela,  mas você não faz ideia.

 Eu não fazia ideia de quem estava ali.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

O Homem sem Sombra (I)

25 de junho de 2012

Estou cansado de guardar meus segredos, cansado da solidão de minhas mentiras. O fato é que a verdade sobre minha vida é estranha e inconveniente. Na verdade, inverossímil seria uma boa descrição para ela.

Ninguém nunca acreditará no que aconteceu comigo, isso é um fato. Contudo, isso não me impedirá de descrever como apenas um passo em falso acabou com minha vida, assim como esse fim demonstrou-se ser apenas o começo dos meus problemas.

Espero que alguém encontre esses relatos, mesmo que minha vida agora não passe de uma ficção. Mas certas coisas são tão incríveis que merecem ser lembradas.

Na esperança de que alguém tenha encontrado meus pensamentos, peço licença a você leitor, para que voltemos ao começo desta história.


de volta à 2008

Meu nome é Carlos.

"Quem sou eu?", perguntava-me enquanto olhava no espelho. Era decepcionante - Odeio o seu semblante exposto em meu reflexo, sempre a olhar em meus olhos -" Como poderia não ser ninguém e ainda estar preso àquela figura magra de expressão vazia? "

"Não sou mais jovem como antes, estou prestes a fazer 21 anos. Os anos tem passado muito rápido, tenho medo que chegue o dia em que já não possa mais adiar o dia em que começarei minha vida. E não exista mais vida para ser começada."

Essa é uma boa visão do que existia em meu pequeno diário pessoal. É incrível como podemos ser tão bons em pensar as coisas mais cruéis sobre nós mesmos, nisso eu era extremamente bom.

Mas eu não era uma pessoa infeliz, tinha amigos. Eram poucos, mas eram os necessários como pude vir a entender algum tempo depois.

De qualquer forma, a única história que merece ser contada é justamente o que foi meu aniversário de 21 anos.

25 de junho de 2008

Era uma sexta-feira como todas as outras, tinha aula o dia inteiro, era meu primeiro ano como aluno de Direito assim como o primeiro ano em que pude ver como nosso tempo livre rapidamente se torna uma vaga lembrança de tempos remotos. Mas eu estava eufórico, iria matar as aulas à tarde.

Matar aulas era uma das atividades mais prazerosas da minha vida, principalmente quando era com Camila, uma das poucas pessoas necessárias em minha vida. Esquecíamos de nossa vida acadêmica enquanto andávamos por uma pequena praça que havia perto de casa.
- Feliz aniversário - Falou-me socando o braço.
- Você sabe que não gosto de aniversários, mas se vai dar parabéns pelo menos me abraça né porra?! - Ambos ríamos enquanto ela me dava um abraço sufocante.
- Carlos, posso te fazer uma pergunta?
- Mas você já fez uma idiota!
- Se lenhe! - dissera ela rindo - Mas sério, onde você se vê daqui a 21 anos? - "Eu teria 41 anos", pensava. Que tipo de vida levaria? Estaria trabalhando? Ainda haveria alguém em minha vida? A verdade é que provavelmente estaria no mesmo lugar que passara os 21 anos anteriores. Se não havia mudado até ali, por que mudaria? Com sorte seria um forever alone acumulador de gatos.
- Espero estar longe daqui, rico, com minha própria casa, um estúdio musical e três livros publicados - Menti a ela.
- Quando você chegar na parte do rico você volta a me procurar pra gente casar, tá? - Falou dando-me um leve tapinha na cara, ambos rimos.
Conversamos pelo o que se pareceram horas, sentados em um dos bancos da praça. Quando o sol já enfraquecia, fomos para a estação central para podermos ir pra casa.

Certas coisas acontecem muito rápido para se ter qualquer reação. Um motorista distraiu-se com o seu celular e subiu a calçada. Podia ver tudo acontecendo lentamente, como em meus pesadelos. Camila ficara um pouco mais atrás de mim, enquanto atendia um telefonema. Eu apenas vi os faróis vindo em minha direção, como se estivesse na beira de um abismo. Havia uma sensação louca enquanto via aquelas luzes se aproximarem. Um grito cortado no ar. E havia sido engolido pela escuridão.

"Liberdade"

mera ilusão.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

os crimes da infância serão perdoados?
Algumas ações são inafiançáveis

os mortos não os deixarão para sempre debaixo das cobertas,
as sombras não projetarão apenas outros corpos

o que não devia ser visto
será visto

De você, para mim

sonhei com algo no mundo, certo agora estou de que era poder
sim, eu fantasiei, vivi em um sonho
histórias de um mundo perfeito
e eu não era só, era apenas eu mesmo

Posso ver que há algo em mim
Que quer cantar...para os ventos, e almas
tudo aquilo que restou em mim
que vivo reprimindo....

são cantos do passarinho para o vento
a dor na dor do beija-flor

o que quero falar está em mim
mas o medo, me reprime
e sempre volto atrás, de um mim
que me oprime
o eu sem ideais
o eu sem paixão

Sou o eu racional,
mas não eu mesmo

eu mesmo não.

O lado escuro da vida


Sou o que sou e tudo aquilo que não sou
E tudo aquilo que vislumbro e temo
Sou também o que aprendo
Mas também o que esqueço

Certo que são desejos
Mas serão valiosos?
Lagrimas brilhantes, sim,
   mas apenas água e sal
 De uma dor inventada?

O que quero?
O que será?
Sonhar? Viver? Ou existir?

Novamente não sei, sou o que sou
ou tudo aquilo que não sou?
Ambos poderão existir
Ou serei uma eterna crise?

Interrogações de uma época que foram exclamações de uma realeza
que não era real, realmente o que se via.

Soul

Sou a dúvida
Dúvida curiosa.

O ser que pensava,
sentia e desejava,

Derrepente exclamava
-Eis vida ingrata!
-Eis desvinda desgrata!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Versos Livres

Não há nada que se possa esperar dormindo quando se pode estar sonhando
Exceto os que trabalham

O dia já amanhece rápido para aqueles que estão atrasados
Arrasados e cansados com o que não podem comprar

O café de ontem está gelado,
E o de amanhã também estará

A cafeína já não passa pelo seu corpo
E seu cansaço só aumenta, 

fadigas escurecem
logo abaixo dos seus olhos

O seu espelho já não esconde,
A loucura são vistas nas verrugas
Seus dentes estão amarelos, seus cabelos, fritados
Está pálido e ainda lhe faltam muitos anos

Anos para se formar, para trair
Para beber, e o mais importante.
Mentir

A mentira garantirá as verdades de sua vida
Você não sabe quem você é,
e ninguém saberá

Mas não existe alguém para se "ser"
Só uma fugaz expectativa que empurramos a nós mesmos

Os porcos se travestem de macacos que usam máscaras de burros
escondidos atrás de fumo acendido por dinheiro

E as conversas já perdem o sentido 
quando as palavras são barradas pelos seus tímpanos

Mas nem tudo deve ser ouvido
Algumas vezes merece ser cuspido

As vezes também tudo poderia ser mais simples
Se nós dois fôssemos sinceros

Por quê sempre fingir
quando o contrário se é?

Fim da Tarde

São pelas noites que eu tento me lembrar
Aonde fica o meu lugar

Se durante o dia eu estou com os tolos
Aonde vou chegar?

No meu almoço, já não sinto
o gosto do seu paladar

Mas no fim da tarde, como se já não bastasse
ainda quero voar

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Velhas Contas

Havia uma janela por trás da porta
   uma moeda girava em seu parapeito
    distante podia-se encontrar uma macieira
Tão velha que seus galhos retesavam-se no chão
     um esquilo corria apressado
     e uma cigarra havia se enterrado em seu casco
De repente via-se a lama
     chovera durante a madrugada
      mas a tempestade lhe distrai
      poderia ver os pingos de chuvas de sua cama?

escutava-se um  tic-tac perdido pela casa
   Já não se sabia que horas eram

o chão a muito não era penteado
seus cabelos nunca foram varridos
o forno deixara de se alimentar,
comer já não o aqueceria

mas se esquecia em poucos
por isso contava cada moeda que havia em seus bolsos
    Triste miséria, um deles havia sido rompido

não por pouco, mas alguns tustões 
não tirariam seus dedos do bolso,

Pior que a verdade é a feitiçaria
se tão logo soubesse que uma moeda sumiria

domingo, 23 de fevereiro de 2014

As suas verdades são apresentadas
às cores da vossa conveniência

Certo ou errado
Os meus olhos já não estão fechados

Anamauê

Cheguei no Brasil
Na terra azul de anil
Back Back from Chernobil
O lobo mal de Chernobil

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

se nessa terra não chover
eu não vou voltar

minha garganta se enche de teia
só de pensar em gritar

Tome um pouco de areia
Desempreste-se um pouco da sua atenção
O tempo se esvai pela sede
Que tu tens da desatenção

Corteje a sua vida vazia
cheia de pequenas mentiras

a lógica das falácias
transborda nas ideologias 

Ao menos os olhos acertam quando não veem
o que se passara no último mês
As verdades não estão nos jornais
Nem mesmo dentro das TVs


a terra morreu
e o vento desatinou a passar
os olhos já nem molham
as folhas secas que começaram a rachar
o pasto não mata a fome
a água não dá dinheiro
nascer não é pecado
o que fode é o dinheiro

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Justiça

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
Art.302. Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ah Amado, as histórias se repetem

Jovem é preso
Após a Cultura furtar
            [Não fosse pouco a ousadia]
    Fez-se falta à livraria

Três livros
e uma enciclopédia
       

     Mas não se abale, seu João
Ele só queria estudar
      Até mesmo um capitão
O mundo quer explorar
       
      Mas Bahia meu velho...
O julgamento dos capitães da areia voltarão a enfrentar.

     

A Bahia dos Capitães

Os lordes da praia irão voltar
De volta para as camas de suas amantes
Em seus ternos seios arfar

E os bem vestidos que cuidem das suas carteiras
Da ladeira da montanha
Descem os capitães em fileiras

Os velhos tempos irão voltar
Junto com ao vento vadiar

Com suas navalhas cortantes
Até mesmo os estivadores desafiar

E quando à noite estrelada
Avistar-se o mar

De cada grão
Surgirá seu lar

Os capitães irão voltar

 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

[
  If you can hear the whisper 
  you are dying
                                                      ]

domingo, 26 de janeiro de 2014

Ordo ab Chao I

 “Não criamos este medicamento para os indianos, mas para os ocidentais que podem pagar por ele”

domingo, 5 de janeiro de 2014

Borboletas no aquário

Rabiscos perdidos
De um velho iludido

Talvez sem régua
Não seria tão risível

Se escrevesse a verdade
Encontraria sua criatividade

Mas em seu quarto falhara
Afundado na banalidade

Em sua janela, tão bela
Uma flor era esquecida


E o sol e a lua, seguiam-se em subidas
e descidas

Um peixe nadava em seu aquário
A muito não era alimentado

E embaixo um tapete velho e empoeirado
Começava a ficar embolorado

Seus cabelos encresparam
Caindo sobre os olhos

Mas a sós na madrugada
Esses já não choram

O fronte da velha maçã dourada
Descascava-se em outras cores

Até que por uma manhã muito engraçada
Simplesmente evaporou

Amor de Verão

Parta meu coração,
mas encontre um novo verão
Afaste-se e  há de viver
Pois nesse lugar,  alguém já morreu