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sábado, 24 de julho de 2010

Meu quadro negro

Olhava eu pro quadro negro
Com o giz percorrendo os escombros
Desenhando petalas negras
Surgindo embaixo de meus pés

Olhava eu pro escuro do mundo
Tentando ver o que não via
Enxerguei algo, mas não reconhecia
Um perfil, uma sombra, um relfexo
Por apenas um lapejo e logo tudo sumira

E se fechar os olhos posso me ver caindo na escuridão
Caindo e subindo,
Para sempre, ao infinito!

Então olhava eu
Do outro lado da janela...

Preso

Via a chuva caindo pela janela
Cada gota, um suspiro
As lembranças sendo revividas
Uma por uma,
Como ondas esbravejando-se em penhascos

Lá estava eu, embaixo de um cobertor de melancolia
Sofrendo o pior da dor, talvez
A dúvida.

Eu estou preso nessa
Não sei o que tenho que fazer e nem como fazer
Porém o tempo continua
E a cada dia eu estou mais velho
Cada vez mais perto
Da angustiante, morte

24/07/10
11:21