Páginas

sábado, 18 de setembro de 2010

Luzes

Apenas para lembrar...



  Às vezes imagino fogos de artifício em minha mente, sabe, é como eu me lembrar de um momento em que tudo era bonito e as pessoas riam por nada, e tudo isso sob as luzes brilhantes vindas do céu. É tão belo a forma que as cores se misturam, as formas... é quase como uma pintura no próprio céu.
  Essas cores fortes lembram e despertam felicidade nas pessoas, mas talvez tenha maior impacto após a sua visualização, pois quando estivermos nos sentindo vazios e armagurados só precisamos pensar em fogos de artifício e mergulhar em memórias que talvez nunca tenhamos vivido e sorrir, mesmo que seja um sorriso temporário, porque voltar a essa lembrança é quase como reviver um sonho que tivemos ainda criança, sei lá, é quase como encontrar algo que não vemos a muito tempo e então perceber que finalmente estamos em casa.
  Isso tudo talvez seja uma completa loucura, mas nada me garante que as outras coisas também não sejam.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Jogo da velha

Quero saber o que houve
Pelo tempo que em que não estive aqui
Se sentiu minha falta
Você me esperava?

O que tem feito?
O que tem sido?

Conte-me tudo
Quero conhecer você
E saber se pensa em mim
Para que assim
Eu possa mais uma vez me trair

Afinal, existe prazer maior
Do que estocar seu próprio coração
E humilhar a si mesmo?

Faz tudo parte da caixa...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Um pedaço

"Mas, e se...?
E se o que?
Não há e se
Como não pode haver e se? Sempre há!
Porque não fazer?
O que me impede?
Medo..
Medo de que?
Humilhação? Então a vossa realeza teme a humilhação?
Não és menestrel
Nem mesmo o bobo da corte
Deve superar seus medos se quiser ultrapassar essa faixa
Que separou o humano do humano."


sábado, 4 de setembro de 2010

Nome aos bois

 Há algum tempo tenho reparado em um fenômeno nas nossas interações sociais. Pude observar de perto os meus amigos começando a entrar nessa onda de namoro, porém é digno de nota dizer que nenhum deles tem grande experiência nisso, muito menos eu, e reparei em como ocorre essa relação dos dois enamorados. Em primeiro lugar vão achar que realmente estão se amando, pela primeira vez na vida, e tudo que houve antes era qualquer coisa menor que o amor, em segundo vão começar a pensar que realmente vão ficar juntos pela vida inteira, chegando até a falar em casamento e filhos. A partir de um certo ponto os dois vão estar tão "super-confiantes" que vão ver de forma reduzida as relações dos outros que já não dão tão certo como a deles, ou até mesmo se encontrarem um amigo que esteja numa dessas paixões "platônicas" vão chamar de obsessão.
 O engraçado é que após um tempo, talvez uns 7 meses, o casal irá começar a ter os mesmos problemas que todos tem, e irão começar a pensar que as coisas não eram tão doces como pensavam, e no final irão se separar e cada um partirá para o seu grupo de amigos tentando ser consolado até que após ter várias crises de ideologia, que vai fazer com que pensem que o amor não existe, vão começar o mesmo processo de paixonite só para passar o tempo.
 Sabe, o grande problema do mundo é que somos muito exagerados, assim como eu fui nesse texto, costumamos só enxergar a nós mesmo ou só enxergar os outros, uma relação de desprezo e obsessão que nunca buscamos o equilíbrio, se pudermos ouvir o que nós pensamos e o que os outros falam, pela própria dialética irá ocorrer uma síntese dos argumentos, e então realmente estaremos crescendo. Um exemplo disso é o antigo filósofo Sócrates que percebeu que para ser menos burro teria que assumir que realmente não sabia de nada, se permitindo apreender o que o mundo tinha, e ainda tem, a oferecer. Se passarmos mais tempo criando vínculos com o que existe na vida estaríamos conseguindo novas amizades, aprendendo mais coisas e sempre estaríamos evoluindo. Se fizéssemos isso não estaríamos pensando em suicídio ou falando que a vida é uma merda. Percebam que o problema é que recusamos as coisas antes de conhecer, o medo do novo.