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domingo, 24 de junho de 2012

Branco e Cinza

Saudades
Essas flores que me matam

Dias e dias
Sem ver o sol se por
As flores se abrirem
A vida nascer num suspiro

Saudade
O que fazer?
Se por ti devo fazer
Faço-o então
Mil e uma vezes, pois não.

E quando todos os sóis tiverem se apagado
E a primaveira tiver dado as suas últimas flores
A verei de novo

E toda a vida voltará
A esse cenário
Negro e Cinza


A meses atrás

Campos

Pensei, por muito pensei
Tentei com cada Sabor, cada Cor
Cargas, Diipolos e Materiais

Mas nada, absolutamente nada
Me satisfaz

Uma pergunta faz outra
E a outra comprova que nada tem resposta

Mas mesmo assim
Um Rosto
Um olhar
Um sonho
Faz tudo ser 
como o que sentimos quando vemos o amanhecer

Sonhos não tem respostas
Apenas são, assim como tudo o que se faz belo


Madrugada

Escura
 é
Frio
E tudo azul

Olhos pesam, pensam
Lembram do que deveriam fazer

No sol, o calor das cores
Uma saudade aperta
falsa e mizerável

E um botão de violeta
Se engraça
 cresce em seus cabelos

Ingrato,
se enrola com miocárdio

Ah céus, infarto

Mas volto pro azul
Quieto e cinza

Com a bruma passando pelos meus pés
é a madrugada que vem me buscar
 e lá me leva como onda
"a segunda estrela à direita 
e então direto, 
até amanhecer"

onde os alarmes da manhã
não podem mais nos apagar

terça-feira, 19 de junho de 2012

Vilvallmé

"Não me julgue!"
.
.
.
.
.
.


você

Prosopon [Edição bugada]

Verdes, verde
 suave brumaria

Seja então saudade
 do olhar nos seus olhos

E ser real

Como como esses  raios de sol tão primários
   formigando luz no horizonte
Sem mais nem porque...

Tento acordar, em seus braços,
  Ainda preso na minha cela [mas
Dos tantos Eus que ficaram 
  lá embaixo da sua cama


 Você que sempre me dizia

"a sombra está repleta de criaturas
e você ficou preso,
no mundo das penumbras!"

Um trabalho, que ofício?
  Personalidades
E como início de todo princípio
  o estouro da partida
Como um Adeus de despedida
  um breve olhar de momento

O seco

Movimento o seu
       sorriso
E já vira um olá


a poesia que se faz
integralmente nos inicia

O universo é um infinito
  amorfo
Como um cubo que vive
 nas suas eternas sequencias sequências

domingo, 10 de junho de 2012

Ofício do orus... físsil, não difícil

gotas por gotas
remédios e remédios
Horas são minutos
e uma interrogação.

ponto é maísculo 
só quando é exclamado
por você que passa 
no vermelho contramão

Olho pros meus olhos
naturais de silvestres

Listras são listras
tal como lírios campestres

Orquídeas são selvagens
mas o cachorro não late

quando janela  abana 
pra um vento assobiar

O veneno ainda escorre...
Por um lado do seu canto

A essência que nos resta
Se diluiu do que não presta

Sou mais um
do que só me resta

espelho meu copio
estado ópio do reverso
interrogo a mim mesmo
e exclamo para o mundo

contradigo o mais fácil
ignoro o difícil

foi fácil mas sorrir
com a papoula do sorriso,
diluir quando, se, pensar
difícil solvente
de ofício de-demente

achei
que eu
estava andando

mas balaas perdidas!

não tenho pernas...
nas mãos

só esculto pelo umbígo
salve o índigo umbígo!
Glória ao ventre vortíce de todos nós

pois  Glória!, menina

viva a morte
morte a viva

sou um texto
sem pontos de final,
mais um grau de-dominancia
,