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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Só ilusões

Sol,
Cansei
Cansei desta carreira de solo

Devolva o meu calor
Pois já não posso mais suportar.
Já não posso suportar esse mundo...


Não posso mais continuar
Pois eu preciso,
Preciso!
Do que tanto desconciderei
Amar por te!
O amor por te...

Não vou suportar o silencio
Preciso amar
Pra quer sonhar com a liberdade?
Preciso amar
E já não vejo meu mundo....

Eu quero brilhar
Até mais que as estrelas
Ser mais forte que Sírius

Mas se tiver uma chance
Eu largo tudo
Pois eu prefiro é amar

Preciso amar
Prefiro amar
Chega das sombras
Chega do frio...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Há algum tempo

Não sei o que fazer
Se tudo está errado ou se é só eu

Me vejo só numa ilha
Cercado por um mar de limites que me recuso aceitar

Mais só tem eu
Só eu...

O mundo não está bom
As coisas ruins são absurdas
Cada coisa que fazemos gera consequências terríveis

Eu queria ser feliz
Mas pra ser feliz tenho que acreditar que ta tudo bem

Se eu decidir lutar pelas mudanças
Será só eu

Ninguém vai me ouvir no final
E quando morrer será um alivio

Seria bom se ainda acreditasse no amor apaixonado
Poderia fazer vista grossa pro mundo todo só pra forçar essa felicidade limitada.

27/01/10

sábado, 16 de janeiro de 2010

3° dia

Tomamos um café da manhã fenomenal na pousada, comi tanto quanto um rei! Acordamos 6h se não me engano pois tínhamos combinado que iríamos no rio Garapa (para quem não sabe garapa é outro nome dado a caldo de cana) que o Elber disse haver corredeiras. Partimos a carro até chegar no rio. Nos enfiamos em caminhos dentro do mato (me senti em um rally). O carro seguiu até parar exactamente em frente o rio, a estrada de terra continuava na outra margem, indicando talvez que dê para atravessar em um 4x4. Não nos ariscamos e descemos do carro, achamos uma trilha e começamos a subir, subir e subir e nada de chegar. A trilha começava a se desviar do rio e o seu barulho diminuía a cada passo dado. Desistimos e acabamos por voltar (descemos tudo de novo!) até aonde o carro estava para ver se não havia alguma outra trilha. Não havia outro caminho além da trilha que a gente havia acabado de descer e o próprio rio. Meu tio verificou, entrando no rio, se tinha como alcançar as corredeiras andando por ele. A água (vermelha) era rasa, chegando até a barriga, porém muiiiiito fria. O motivo do nome Garapa era pelo fato de haver espumas no rio. Não era sujeira, o rio era muito limpo! Deveria ser uma propriedade natural do rio.
Pode parecer absurdo mais decidimos novamente ir pelo mesmo caminho que havíamos acabado de voltar para ver aonde iria dar (subimos tudo de novo). Nossa como andamos! Em determinado ponto a trilha estreitou um pouco e começou a voltar para o rio, o que nos animou. Apesar da animação a trilha nunca acabava e não ouvíamos o som do rio, era capaz daquela maldita trilha levar a gente até a Roma! E acabamos por voltar novamente.
Chegamos a um ponto na trilha que voltamos a ouvir o rio. A trilha por onde passávamos ficava entre um morro e um barranco (um grande barranco) , e depois desse barranco havia o rio, resultado foi que decidimos descer o barranco que não havia uma trilha sequer. Nos embrenhamos numa porrada de espinheiros, nos agarramos em teias de aranhas, escorregamos pelo barranco. Foi um negócio complicado, tínhamos que descer nos agarrando a qualquer moitinha que houvesse. Sim! Conseguimos chegar ao rio! Estávamos sujos e arranhados, porém eu pelo menos me sentia vitorioso. A corredeira do rio Garapa passava no meio de um chão de pedras aonde estávamos na margem esquerda. Entramos no rio porém ficamos no raso com medo de sermos levados pela corredeira. Tivemos uns segundos de falsa esperança de voltar para o carro andando pelas rochas, só que logo vimos que em um determinado ponto elas afundavam na água. Tivemos que escalar todo o barrando de novo tentando achar a trilha naquele mundarel de espinheiros e troncos de árvores. Enquanto escalava, por um motivo bizarro imaginei a minha professora de biologia escalando aquele barranco enquanto dizia todas as espécies de plantas e bichos da região. Conseguimos voltar para a trilha, estávamos exaustos, porém eu estava orgulhoso por ter conseguido escalar o barranco. Fomos até a loja do Elber comemos umas esfihas e bebemos ironicamente uma garapa. Voltamos para a cidade, fechamos as contas e partimos para a estrada, para Mucugê, cujo cemitério gótico bizantino era a atracção turística do local.
Chegamos na cidade mas sem reparar em muita coisa pois precisávamos urgentemente de um hotel. Nos hospedamos no Hotel Alpina Resort Mucugê. Tomei um banho com a água fervendo e depois me joguei naquela cama de nuvens e dormir até a noite. Quando acordei descobri que meus tios haviam saído. Engraçado que foi ai que resolvi começar o diário de aventuras. Peguei o notboock do meu tio emprestado e comecei a escrever as experiências que tinha vivido. A noite meus tios chegaram com um pacote de biscoitos para mim. Decidimos visitar o cemitério. Pode parecer estranho visitar um cemitério a noite porém as luzes que viam dele...era algo único. Voltamos para o htel mas antes de eu entrar nele eu dei uma olhada para o céu e vi o que nunca tinha visto antes. Aquilo sim era o céu de verdade, dava para ver toda a via Láctea com suas maravilhosas constelações. Vi Sírios, as 3 Marias, Gêmeos , Órion...Aquilo parecia coisa de outro mundo, nunca havia visto o céu daquele jeito, fiquei absolutamente maravilhado. Jantamos no hotel e fomos dormir. Esse foi o 3° dia.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sem restrições

Quero sonhar

Olhar pras estrelas

Sem ter ninguém para ter que acreditar....


Quero viver

Sem ter ninguém pra me olhar


Viver sem ter que ter cuidado

Pra não causar impressões


Má impressões


Correr

O mais rápido que puder


Sorrir

O quanto quiser


Ser feliz

Como eu quero


Sem restrições

Noite fria

Estava noite fria...

E eu caindo

caindo na tristeza

da dor....


Por que será que as coisas são assim?

Por que será que tudo continua assim?

Por que será que nada continua no melhor...


Por que!

Por ques!

Por que..


São tantos que vão....


Estava correndo no meio da madrugada

tentando escapar do novo problema

cantando meus versos

minhas escritas

só pra escapar das coisas antigas


Fantasmas da noite

minhas lembranças

companheiros de cela


estragam palavras

confundem a alma

só levam o que lhes dão prazer...


Por que?

Por ques?

Por que?


Todos vocês vão...

irão

cair

Quem sou eu?

Olho no espelho

e vejo aqueles olhos,

olhos que assombram,

que me assombram


Não sei se foi eu

ou se foi o mundo que me fez assim

de olhos opacos

que guardam m'nha aurea

Correntezas profundas de pensamentos

levando estórias e perguntas,

gritando para o mundo

perguntando....

será que aquilo sou eu?


Sou eu

Quem sou eu?


Sou eu

Quem sou eu?


Será que é você

ou tudo é ilusão

frases que escapam de noites sem inpiração


Poetas que cantam

cantam as cores

idolatros e pergunto

Será que sou eu?


Sou eu?

Quem sou eu...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

2° dia



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010,

Ainda falta registrar dois dias de viagem, e tenho que me basear pela minha memória. Até agora tenho conseguido um resultado satisfatório, mas não é uma tarefa fácil pois minha memória nunca foi lá das melhores.
No 2° dia de viagem fomos para Andaraí, no caminho havia uma ponte que atravessava um rio, um rio com água vermelha, e nele havia banhistas, pessoas humildes com seus filhos lavando roupas. Estacionamos o carro no acostamento e fomos para esse rio. Passamos por uma pequena trilha (algo já comum nessa viagem) e rapidamente chegamos no rio. Suas águas eram quentes e devido a coloração mal dava para ver o fundo, porém aparentemente o rio era raso com a água chegando no máximo na região da barriga. Ficamos um tempo no rio e depois vestimos roupas secas e partimos. Na estrada encontramos uma loja beira de estrada cujo dono era Elber, comemos umas esfihas que a mulher dele, a Ana Maria, faz. Uma dessas esfihas continha como recheio o mesmo alimento utilizado para gado em tempos de seca, uma experiência dela que por sinal é muito gostoso. Em seguida fomos num passeio a canoa no Marinbús , um pantanal, o nosso remador era um rapaz gente boa chamado de "bombinha", diz ele que lá havia jacaré porém eu não vi nenhum. Tiramos fotos e fizemos vários vídeos. Lembro que havia muitos aguapés aonde pequenos grilos pulavam de uma folha para outra, havia também umas libélulas azuis que voavam a poucos centímetros da superfície do rio. Em certo ponto descemos da canoa e tomamos banho ( a água também era vermelha!), todos estávamos com colete salva-vidas. Quando eu desci da canoa quase que imediatamente tentei boiar naquele rio usando o colete, era uma posição bem confortável, mas logo a corrente do rio me puxou. Bombinha rapidamente disparou na água de tal modo a passar por mim para impedir que eu sumisse na correnteza. Meu tio me instruiu a agarrar os aguapés pois não da pra nadar contra a correnteza de um rio. Depois de um momento de tensão eu consegui, pouco a pouco, sair da zona forte da correnteza.


Após o passeio fomos para a cidade com a pretensão de fazer uma estadia na pousada da Ana Maria cujo nome era "Pousada Sincorá". No caminho deu para visualizar de relance a natureza da cidade que havia umas casinhas com jeito de ser do estilo colonial. Passava um rio (também vermelho) mais ou menos no centro da cidade. Reparamos que não havia tantos vagabundos se comparado a Lençóis. Chegamos na pousada e nos instalamos no nosso quarto que ficava um andar acima. Tomei um banho e depois desci para conhecer a cidade e arranjar o jantar com meu tio e minha tia. Andamos pela cidade, entramos em várias lojas de artesanato, conversamos com a pessoa e em pouco tempo sabíamos mais ou menos aonde ficava tudo na cidade. Jantamos uma pizza numa espécie de pizzaria&lanchonete. Voltamos para a pousada e dormimos pois o dia seguinte jurava começar cedo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

1° dia

Quinta-feira 7 de Janeiro de 2010,

Faz 3 dias que parto nesta aventura, porém começo hoje a escrever o que foram minhas férias. Parti de Stella Mares (Salvador BA) ás 11h a um percurso para Brasília. No começo da viagem fui no Parati do meu tio Marcos, tivemos pequenos problemas quando erramos o caminho, porém o problema rapidamente foi resolvido e fomos para Lençóis (BA) a 130km/h ouvindo rock internacional antigo seguindo o carro de um outro tio meu, o Marcelo. Ao chegarmos perto de Lençois eu fui pro carro do meu tio Marcelo e o Marcos partiu direto para Brasília como foi antecipadamente programado.
Lençois é uma cidade engraçada, achei ela muito parecida com Pelourinho, as casas tem uma construção antiga dedicada ao turismo com sua imensa cadeia de lojas(descobri posteriormente que era pelo fato de ambas serem tombadas). Ela possui certos traços ruins também, como seus cães sarnentos e bêbados mirrantes que saem pela rua pedindo esmola. Se minha memória não falha, corria um rio por dentro da cidade, um rio com água vermelha!

Ao chegar na cidade estacionamos o carro em um lugar qualquer e começamos a dar uma olhada. Minha tia se interessou por um chinelo feito de borracha de pneu, que de fato era um produto curioso, tinha também amostras de solo onde a lenda diz que é capaz de encontrar aqueles tipos de terra por toda a chapada! Com essa areia as pessoas fazem uma arte aonde se desenha figuras com essa areia dentro de um pote de vidro, é realmente fabuloso! Depois de uma rápida caminhada voltamos ao carro para procurar uma pousada, ela era simples mas com um preço um pouco salgado. Nos espreguiçamos um pouco na cama dura feito um pau e partimos para a primeira aventura, nós fomos para Cachoeirinha. Fomos de carro até certo ponto e então descemos para a trilha, uma trilha de verdade!. Logo no início encontramos um guia meio ranzinza que ofereceu nos levar ida e volta a essa cachoeira por R$10. A trilha era agradável, tinha uma variedade de folhas e flores (bem, eu ainda não estava no espírito de aventura e não notei os arredores, quem ficou com esse papel foram meus tios que paravam todo momento para tirar uma foto ou recolher um galho com folhas secas e quando vi as fotos meu queixo caiu!). Tenho 15 anos e nunca tinha tomado banho de cachoeira, bom, agora posso dizer que já tomei e que é maravilhoso, um "descarrego". Havia rochas por onde caminhávamos e embaixo dela tinha a água então pense em como havia limo! Tive que andar com cuidado, porém quando estávamos em frente a cachoeira a poucos passos de distância eu resolvi levar uma queda de bunda em cima duma pedra (hehehe), não me machuquei e continuamos em frente. Cara, aquilo parecia água de geladeira, mas devido a trilha eu tava com tanto calor que foi até refrescante, havia turistas no rio, talvez alguns gringos, mas todos pareciam ser gente boa. Após o banho de cachoeira entrei no rio (tinha bastantes pedras, me senti um selvagem caminhando nas rochas nuas), encontrei uma pequena rocha solta e com ela escrevi uns caracteres nada importantes nas rochas maiores e depois a coloquei embaixo da cachoeira como uma oferenda a natureza. Ao voltarmos da trilha meu tio pagou a mais para o nosso guia como gesto de caridade.
Almoçamos num restaurante que tinha umas mesinhas do lado de fora e tirando uma baixa quantidade de moscas tivemos um bom almoço. Para lembrar, quem estava no carro do meu tio Marcelo era ele, a esposa Inês, e eu. Voltamos para a pousada, descansamos,
tomamos um banho e fomos realmente conhecer a cidade. Caminhamos pela cidade visitando uma variedade lojas de artesanato, museus, mercadinhos. Devo admitir que minha tia Inês rodava essas lojas de artesanato (e como rodava!), mas foi um passei bem divertido. Voltamos a noite para a pousada e dormimos. Esse foi o 1° dia e assim termino o 3° dia as exatas sexta-feira 8 de Janeiro ás 00:09.