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sábado, 16 de janeiro de 2010

3° dia

Tomamos um café da manhã fenomenal na pousada, comi tanto quanto um rei! Acordamos 6h se não me engano pois tínhamos combinado que iríamos no rio Garapa (para quem não sabe garapa é outro nome dado a caldo de cana) que o Elber disse haver corredeiras. Partimos a carro até chegar no rio. Nos enfiamos em caminhos dentro do mato (me senti em um rally). O carro seguiu até parar exactamente em frente o rio, a estrada de terra continuava na outra margem, indicando talvez que dê para atravessar em um 4x4. Não nos ariscamos e descemos do carro, achamos uma trilha e começamos a subir, subir e subir e nada de chegar. A trilha começava a se desviar do rio e o seu barulho diminuía a cada passo dado. Desistimos e acabamos por voltar (descemos tudo de novo!) até aonde o carro estava para ver se não havia alguma outra trilha. Não havia outro caminho além da trilha que a gente havia acabado de descer e o próprio rio. Meu tio verificou, entrando no rio, se tinha como alcançar as corredeiras andando por ele. A água (vermelha) era rasa, chegando até a barriga, porém muiiiiito fria. O motivo do nome Garapa era pelo fato de haver espumas no rio. Não era sujeira, o rio era muito limpo! Deveria ser uma propriedade natural do rio.
Pode parecer absurdo mais decidimos novamente ir pelo mesmo caminho que havíamos acabado de voltar para ver aonde iria dar (subimos tudo de novo). Nossa como andamos! Em determinado ponto a trilha estreitou um pouco e começou a voltar para o rio, o que nos animou. Apesar da animação a trilha nunca acabava e não ouvíamos o som do rio, era capaz daquela maldita trilha levar a gente até a Roma! E acabamos por voltar novamente.
Chegamos a um ponto na trilha que voltamos a ouvir o rio. A trilha por onde passávamos ficava entre um morro e um barranco (um grande barranco) , e depois desse barranco havia o rio, resultado foi que decidimos descer o barranco que não havia uma trilha sequer. Nos embrenhamos numa porrada de espinheiros, nos agarramos em teias de aranhas, escorregamos pelo barranco. Foi um negócio complicado, tínhamos que descer nos agarrando a qualquer moitinha que houvesse. Sim! Conseguimos chegar ao rio! Estávamos sujos e arranhados, porém eu pelo menos me sentia vitorioso. A corredeira do rio Garapa passava no meio de um chão de pedras aonde estávamos na margem esquerda. Entramos no rio porém ficamos no raso com medo de sermos levados pela corredeira. Tivemos uns segundos de falsa esperança de voltar para o carro andando pelas rochas, só que logo vimos que em um determinado ponto elas afundavam na água. Tivemos que escalar todo o barrando de novo tentando achar a trilha naquele mundarel de espinheiros e troncos de árvores. Enquanto escalava, por um motivo bizarro imaginei a minha professora de biologia escalando aquele barranco enquanto dizia todas as espécies de plantas e bichos da região. Conseguimos voltar para a trilha, estávamos exaustos, porém eu estava orgulhoso por ter conseguido escalar o barranco. Fomos até a loja do Elber comemos umas esfihas e bebemos ironicamente uma garapa. Voltamos para a cidade, fechamos as contas e partimos para a estrada, para Mucugê, cujo cemitério gótico bizantino era a atracção turística do local.
Chegamos na cidade mas sem reparar em muita coisa pois precisávamos urgentemente de um hotel. Nos hospedamos no Hotel Alpina Resort Mucugê. Tomei um banho com a água fervendo e depois me joguei naquela cama de nuvens e dormir até a noite. Quando acordei descobri que meus tios haviam saído. Engraçado que foi ai que resolvi começar o diário de aventuras. Peguei o notboock do meu tio emprestado e comecei a escrever as experiências que tinha vivido. A noite meus tios chegaram com um pacote de biscoitos para mim. Decidimos visitar o cemitério. Pode parecer estranho visitar um cemitério a noite porém as luzes que viam dele...era algo único. Voltamos para o htel mas antes de eu entrar nele eu dei uma olhada para o céu e vi o que nunca tinha visto antes. Aquilo sim era o céu de verdade, dava para ver toda a via Láctea com suas maravilhosas constelações. Vi Sírios, as 3 Marias, Gêmeos , Órion...Aquilo parecia coisa de outro mundo, nunca havia visto o céu daquele jeito, fiquei absolutamente maravilhado. Jantamos no hotel e fomos dormir. Esse foi o 3° dia.

Um comentário:

gabi guideroli m. disse...

Caaio, eu estoou amando o diário, *--* eu queero ver as footos. (: Tá muito leegal. Você teve uma booa ideia. Paarabéns.!