Páginas

sábado, 25 de dezembro de 2010

Rising



Eles não precisam de você
Você que precisa de todos eles meu caro
Pois é por causa de cada um deles
Que você vê sentido nesta existência

Vamos camarada
Nós dois sabemos
Que não são eles que virão até você
Mas você que irá até eles
Sem ser impedido por qualquer medo
Ou remorso

Se quer ser você
Supere este passado
E atravesse as barreiras criadas por você

Levante-se

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pong!



Em toda estrada existe hotéis, ou motéis, o mais próximo que podemos chamar de casa quando na verdade já perdemos o lar de origem a muito tempo. Não nego, às vezes precisamos parar em casa, e repensar em tudo que se passa em sua mente, replanejar seus planos, enfim corrigir seus erros. Afinal de contas o caminho a seguir de fato não existe pois você o caminha enquanto vive, em cada ato precipitado, palavra não dita ou sonho conquistado.

Assim seguimos, ao menos eu sigo, numa jornada que não espero um fim, mas o eterno evoluir, aprendendo em cada vírgula num texto sem ponto final, parando em cada ponto de ônibus, e quem sabe um dia encontrar o garotinho que é minha própria memória e poder conversar com ela, como velhos amigos.

Dia após dia



Já imaginou se largassemos o medo das afrontas
Se nós nos jogarmos diante do arriscar
Sem temer qualquer consequência?

O finalmente desejoso grito de seu ser que tanto reprime, dia após dia?

Dizer, finalmente, tudo que trancafiou em seu peludo coração?

Enfrentar seus medos e ir
Sempre adiante
Em busca do progresso

Pois é meu caro

A evolução
Em uma conquista

Dia após dia...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Você está pronto?



- Impressionante, cada vez fica mais claro que devo voltar atrás, assuntos como esse devem ser resolvidos, não podemos fugir para sempre, concorda?
- Meu senhor, todos nós estamos cansados dessa eterna fuga, só queremos voltar para casa.
- E eu quero algo que nem sei se já existiu.
- O pingente?
- Sim, a metáfora da metáfora, apenas porque não tenho coragem de revelar a minha verdade.
- O senhor deve estar cansado disso, não? Quer dizer, como nunca confiar em alguém? Nunca se sentiu só?
- O tempo todo... mas temo o que pode acontecer se tudo der errado. Tenho medo de me arriscar, por isso fugimos.
- Ah, claro, deveriamos ter imaginado. Mas esse não é justamente o motivo do início dessa discussão?
- Sim Tom. Por isso te chamei aqui. Sabia que você foi oficialmente minha 1° criação?
- Claro...faz parte de minha identidade senhor, como esquecer algo assim?
- Tom, tem tanto de mim em você...o que eu quero dizer querido, é que você e eu somos os mesmos, você é o meu filho.
 Tom olhou para o rosto já encovado do seu senhor, sem acreditar que finalmente era reconhecido pelo homem que tanto amava, aproximou-se e segurou o queixo do velho homem.
- Papai, ainda temos chance, só precisamos parar de fugir e encarar o que está ao nosso redor.
- Mas filho... se falharmos...
- Pai, o senhor tem a mim, vamos conseguir. Venha - Disse Tom estendendo a mão para seu pai - vamos recuperar sua antiga identidade.
- A nossa identidade filho, nunca se esqueça disso.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Andarilho



Certa vez caminava por uma trilha, quando um soldado me ineterrogou:
- O que faz tão cedo senhor?
- Procuro respostas, caro soldado, por isso caminho.
- Mas para aonde vai? Que caminho segue?
- Aquele que acompanha a música, e quando não houver mais som, buscarei outra faixa.
- Mas não há nenhum destino?
- Há sim, é claro que há! Busco aquilo que está muito além do pensar, mas que é o próprio desejo do pensamento. Busco o fim, que não é fim, mas o eterno descobrir, por isso a acompanho, a música, pois ela será a melodia que nunca cessará, e a cada nota um gosto e uma realização diferente para ser descoberta.
- Não compreendo meu caro andarilho, o simples fim não lhes é suficiente?
- Porque me contentar com o pouco quando posso me dar ao máximo? Sem esforço não há vida, ou som, pois para cada nota ser realizada é necessário um esforço porque nelas estão cada um dos problemas que na vida devemos superar. Olha só, mais uma estrela se ilumina no céu, nossa conversa foi adorável soldado mas tenho que ir, uma nova aventura acaba de se abrir para mim, adeus.

E segui, por entre as árvores, a caminho daquela estrela que acabara de iluminar o caminho que tanto procurava. É a vida pela vida, espero um dia chegar lá.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Atenção

Entramos em dezembro e preciso de 9 posts para impatar com o total do ano anterior

#gogo 58° post

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Subli

Diga-me o que se passa
Porque todo dia estou a te esperar
E no final nunca te vejo

Passo horas em solidão
Aguardando seu retorno
Porém dia após dia
Nada muda
A não ser uma leve velhice
Que a cada dia
Acorda mais pesada

Nunca disse que o
Amanhã não
Traria o que tanto
Interrogava
Então, o que fazer?

Ausente














O que eu queria fazer?
Muita coisa
Mas não sabia metades delas
E muitas outras já estavam
Fortemente desconsideradas

Oras, não há porque fazer tolices
Mas parecia que nada sobrava
Talvez fosse apenas o silêncio
Que como uma cobra se enrolava em mim
Agora já nem se sabe

Uma hora eu volto
Quando tudo tiver mudado
Prepare então um chá
Porque eu vou chegar
E vou querer saber o que perdi
Voltando a ser o devido eu

Memórias

O tempo passava
e muitas das coisas que existiram
agora eram carregadas pela areia do inconstante

E a todo momento
mais um grão escorria
pela grande ampulheta que existe por trás da vida
tão velho quando o próprio tempo

E no final nada restava
apenas uma ilusão,
como uma miragem,
estendida num vasto deserto
que sobrou de uma vida superficial.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Toque

Tudo que ele trazia com sigo era uma foto desbotada, carregada de frio e lágrima, de um passado nostálgico que o perseguia. Tentava lembrar, ou esquecer, como as coisas começaram a se destruir, mas enfim, quem se lembra do primeiro que a pedra atirou? No final só nos resta pedaços com gosto amargo de um ''nada mais importa'' em uma noite de verão que jamais existiu.

Lembrar-de

Mero vazio
O que há de se dizer
Quando parecer  tudo saber ao que olha?

Tintas caem em uma tela
Gotas, pálidas, frias e distantes
Tendo tudo
Em um breve olhar
Entre as frestas de uma janela

Suavidade de uma pluma,
Como um cobertor envolvente
A água se aproxima
Trazendo pequenas grandes quantias
De enxurradas
De antigo pensamentos
e a paisagem muda...

Sim, volto a minhas origens
Porque quero saber quem eu era
E o que sou agora
Por isso volto,
Em um disco de vinil
Como um relógio antigo
De uma música sem fim

Serenatas em vão
Corte real, em belo horizonte
resplandece ce
rio, cristal
jóia impecável e inexistente

lembranças, visões
epifania
beleza
sinestesia

Busco Algo

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Castellani

Ah, adoráveis pequenas
Tais Pequenas armadilhas da vida
Essas que nos fazem cair
Nos maiores apuros
E nos dão as maiores dores da insônia.

São pensamentos,
Vagos e inconstantes
Como ponteiros que custam a andar

Porém quando mais se quer ver
Não está mais lá
O que dizia tanto procurar
Sendo então
Mais um,
Castello de Areia

sábado, 30 de outubro de 2010

Fecho

Meus pés tocavam os degrais que levavam ao abismo da vida
Era só um paço em  falso e eu cairia nesse abismo

Oras, o monstro surgiu em mim
E ele adorava aquele perigo
E se jogaria nele de cara assim que capaz

São nos mundos dos sonhos,
Onde tudo acontece
E a tudo se recorda
São dispertares disparates em que a noite que traga o dia
E o dia que bebe vinho

Eis sol vermelho
Tempos que não serão jamais esquecidos
E muita coisa a mais
Subliminarmente não
Sou são
Obviamente que não

Volte, e olhe ao seu redor
Antes que a música acabe
E todas as pétalas toquem o chão
O filme está acabando e as pessoas pararam de falar
Esqueça elas querido
Apenas se jogue nessa loucura
E fique até cair
E quando cair permita-se voar até que o chão se ajoelhe perante você
E então possa repousar

Nada de jóias ou diamantes
A ti deixo apenas palavras
E a minha mão
Que te puxará para aonde quiser ir
Venha comigo, conheça meu mundo
E se tiver medo, lembre que sou só eu

A música acabou
E agora só resta o Adeus

30/10/2010

sábado, 23 de outubro de 2010

Repetições repentinas

É, eu deveria ter

Arriscado mais
Persistido um pouco mais
Não ter dado as costas dessa vez

Poderia ter caminhado mais
Evoluído para algo a mais
Ter feito o que desejava fazer

Talvez pudesse ter conhecido
Metade das coisas que planejei

Talvez pudesse ter conhecido
Um terço das pessoas que planejei
Se não tivesse me traído
Me dado as costas mais uma vez

E dessa vez
Não vai haver
Nenhum acaso
Para a mim proteger

sábado, 2 de outubro de 2010

Parte do que se passa

Um em um milhão
 Ultimamente tenho experimentado mais coisas do que em toda minha vida, que nem é tão longa assim. Pois é, e nisso eu percebi o quão pouco eu sei sobre as coisas e o quão pouco as pessoas estão dispostas a transmitir o conhecimento. Tenho me esforçado muito nesse campo mas o problema é que nunca gostei de lidar com a decepção e por isso várias vezes não conclui meus projetos pelo medo da falha, e isso tem me atrapalhado bastante pois ao ver pessoas com a vida similar a minha se saindo melhor nos meus próprios planos começo a sentir-me inseguro e paro de fazer o que quer que seja para fugir da decepção, como já falei. Eu sou um cara extremamente egoísta, acho, porém tenho me esforçado, tentado não pensar tanto em mim ou ser melhor que os outros, e fiz bons progressos, porém o demônio orgulhoso ainda rugi dentro de mim e às vezes (espero que tenha crase) consegue tomar o controle da situação, algo muito ruim.
 Sei que para conseguir chegar nos objetivos deve haver muita prática no decorrer do caminho só que eu não tenho feito os exercícios regularmente (Cleidson que o diga!), não sei... tenho andado impaciente ultimamente, muito impaciente, o que atrasou de forma geral minha vida. O problema a ser analisado nesse parágrafo talvez seja o motivo da minha impaciência, e na tentativa de lembrar dos últimos dias percebo que minha paciência era consumida quando meus amigos falavam alguma coisa radicalistas besta (caros amigos, não se ofendam com tal indagação, até porque posso estar terrivelmente errado) como por exemplo, se você vai a missa é uma ovelhinha do sistema ou tal pessoa é podre por dentro e um monte de blablabla sem nenhuma fundamentação teórica real, mas o que me deixa mais puto é que eu não posso contra argumentar porque eu também não tenho a merda de uma fundamentação teórica, e isso me mata! Caramba, porque eu não tenho esses conhecimentos? Não ensinam isso nas escolas!!! E também não concordo em ficar fazendo pesquisas suspeitas na Internet onde "um estudioso-famoso-não-identificado'' fala um monte de coisas suspeitas,  não é a primeira vez que eu capturo conhecimento errado! Sabe, os meios de comunicação tem andado muito poluído, então como diabos eu, um burro, vou saber o que é certo ou errado? Vou ter que ficar supondo como todo mundo?? Caramba, queria um livro que me desse respostas!! Ou quem sabe um mestre...

sábado, 18 de setembro de 2010

Luzes

Apenas para lembrar...



  Às vezes imagino fogos de artifício em minha mente, sabe, é como eu me lembrar de um momento em que tudo era bonito e as pessoas riam por nada, e tudo isso sob as luzes brilhantes vindas do céu. É tão belo a forma que as cores se misturam, as formas... é quase como uma pintura no próprio céu.
  Essas cores fortes lembram e despertam felicidade nas pessoas, mas talvez tenha maior impacto após a sua visualização, pois quando estivermos nos sentindo vazios e armagurados só precisamos pensar em fogos de artifício e mergulhar em memórias que talvez nunca tenhamos vivido e sorrir, mesmo que seja um sorriso temporário, porque voltar a essa lembrança é quase como reviver um sonho que tivemos ainda criança, sei lá, é quase como encontrar algo que não vemos a muito tempo e então perceber que finalmente estamos em casa.
  Isso tudo talvez seja uma completa loucura, mas nada me garante que as outras coisas também não sejam.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Jogo da velha

Quero saber o que houve
Pelo tempo que em que não estive aqui
Se sentiu minha falta
Você me esperava?

O que tem feito?
O que tem sido?

Conte-me tudo
Quero conhecer você
E saber se pensa em mim
Para que assim
Eu possa mais uma vez me trair

Afinal, existe prazer maior
Do que estocar seu próprio coração
E humilhar a si mesmo?

Faz tudo parte da caixa...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Um pedaço

"Mas, e se...?
E se o que?
Não há e se
Como não pode haver e se? Sempre há!
Porque não fazer?
O que me impede?
Medo..
Medo de que?
Humilhação? Então a vossa realeza teme a humilhação?
Não és menestrel
Nem mesmo o bobo da corte
Deve superar seus medos se quiser ultrapassar essa faixa
Que separou o humano do humano."


sábado, 4 de setembro de 2010

Nome aos bois

 Há algum tempo tenho reparado em um fenômeno nas nossas interações sociais. Pude observar de perto os meus amigos começando a entrar nessa onda de namoro, porém é digno de nota dizer que nenhum deles tem grande experiência nisso, muito menos eu, e reparei em como ocorre essa relação dos dois enamorados. Em primeiro lugar vão achar que realmente estão se amando, pela primeira vez na vida, e tudo que houve antes era qualquer coisa menor que o amor, em segundo vão começar a pensar que realmente vão ficar juntos pela vida inteira, chegando até a falar em casamento e filhos. A partir de um certo ponto os dois vão estar tão "super-confiantes" que vão ver de forma reduzida as relações dos outros que já não dão tão certo como a deles, ou até mesmo se encontrarem um amigo que esteja numa dessas paixões "platônicas" vão chamar de obsessão.
 O engraçado é que após um tempo, talvez uns 7 meses, o casal irá começar a ter os mesmos problemas que todos tem, e irão começar a pensar que as coisas não eram tão doces como pensavam, e no final irão se separar e cada um partirá para o seu grupo de amigos tentando ser consolado até que após ter várias crises de ideologia, que vai fazer com que pensem que o amor não existe, vão começar o mesmo processo de paixonite só para passar o tempo.
 Sabe, o grande problema do mundo é que somos muito exagerados, assim como eu fui nesse texto, costumamos só enxergar a nós mesmo ou só enxergar os outros, uma relação de desprezo e obsessão que nunca buscamos o equilíbrio, se pudermos ouvir o que nós pensamos e o que os outros falam, pela própria dialética irá ocorrer uma síntese dos argumentos, e então realmente estaremos crescendo. Um exemplo disso é o antigo filósofo Sócrates que percebeu que para ser menos burro teria que assumir que realmente não sabia de nada, se permitindo apreender o que o mundo tinha, e ainda tem, a oferecer. Se passarmos mais tempo criando vínculos com o que existe na vida estaríamos conseguindo novas amizades, aprendendo mais coisas e sempre estaríamos evoluindo. Se fizéssemos isso não estaríamos pensando em suicídio ou falando que a vida é uma merda. Percebam que o problema é que recusamos as coisas antes de conhecer, o medo do novo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Inerte

Tudo se tornou claro
E claro se vez a dúvida
O óbvio é a escolha
Que não sei escolher

A questão parece ser a mais simples
Mas para mim, não
Eu quero saber se vou amar, ou me entregar a razão
A questão são as escolhas
Mas o questionamento é se há um abismo no caminho que posso escolher
Como dar um passo com os olhos vendados sem saber o que há abaixo de você?
Por isso parado estou.

Luzes da noite

Deitado no sofá
Olhando sombras pela janela
Trazidas pelas luzes da noite

Lá estava eu
Vendo a beleza no escuro,
Olhando para o vazio
E vendo cheio

E ao meu lado havia um quadro
Lá havia um sol se pondo
Descendo lentamente
Para dentro do mar, e o infinito.

Sim, eu estava no escuro
E não tinha mais medo
Pois para mim tudo virou poesia
És melodia e dança
És a arte que assisto.

sábado, 24 de julho de 2010

Meu quadro negro

Olhava eu pro quadro negro
Com o giz percorrendo os escombros
Desenhando petalas negras
Surgindo embaixo de meus pés

Olhava eu pro escuro do mundo
Tentando ver o que não via
Enxerguei algo, mas não reconhecia
Um perfil, uma sombra, um relfexo
Por apenas um lapejo e logo tudo sumira

E se fechar os olhos posso me ver caindo na escuridão
Caindo e subindo,
Para sempre, ao infinito!

Então olhava eu
Do outro lado da janela...

Preso

Via a chuva caindo pela janela
Cada gota, um suspiro
As lembranças sendo revividas
Uma por uma,
Como ondas esbravejando-se em penhascos

Lá estava eu, embaixo de um cobertor de melancolia
Sofrendo o pior da dor, talvez
A dúvida.

Eu estou preso nessa
Não sei o que tenho que fazer e nem como fazer
Porém o tempo continua
E a cada dia eu estou mais velho
Cada vez mais perto
Da angustiante, morte

24/07/10
11:21

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Chega de etiquetas

Não sou atração de circo

Um cachorrinho que faz malabarismo

Um caderninho contando confissões de gente barata


Não me julgue

Não me pergunte o que quis dizer

Não ironize o que não sabe


Chega de etiquetas

Chega de etiquetas


Isso não é pra vocês

Não

É pra os que sonham

3 mandamentos ( Capitalistas)

Cumprir ordens,
Ignorar vontades.
Individualização da coletividade.

domingo, 27 de junho de 2010

Códigos em sépia

Neblina escura da madrugada,
Anjos caídos que do pó retornarão,
São melodias que não saem de minha cabeça
Está em mim, mas ainda não sou eu

Apenas uma busca infundada para encontrar a ilha
A ilha que fica no céu e tem o Arco de Íris
Sonhos, canções, todos são lirismo

Na pedra se escreve mensagens, no céu as esperanças
No mar, o desejo de retornar
A forma que um dia foi
Alguem que não sabe o que foi
Mas lembra das asas do Condor

Meu alimento é sinfonia, minha esperança, as letras?
Não deve ser possível classificar
Os pássaros ainda estão fora das gaiolas
E os anjos tornam a voar, de volta ao castelo voador
"A batalha está acabada
Mas a guerra continua enfurecida"

domingo, 20 de junho de 2010

Sobre as drogas

"Ta certo que ele não era santo, mais ele passava por tantas dificuldades na vida dele que resolveu entrar na vida das drogas. Começou vendendo, comprou armas, depois passou pra outros moleques vender também. Todos sabem que a vida de traficante e bandido acaba rápido, e sempre avisei a ele, sempre dei conselhos, mais de nada adiantou, e estou muito mal com a perda dele, e não e o primeiro que perco. Por que que tem que ser assim???
Por que existir algo que acabe tanto com a vida das pessoas?
To cansado de ver as drogas acabando com a vida das pessoas.
Se dependesse apenas de min, não existiria droga.
Não deixe que isso interfira na sua vida também."

Uma armadilha muito bem planejada que te promete tudo, mas só destroi amizades, corrompe o amor e aniquila a criatividade. É se um dia pudesse acabar com isso certamente faria, mas não dá, isso faz parte da escolha de cada um. É só.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Desfechos

Afanásio olhou para o céu
Já em seus últimos suspiros.
O senhor do tempo estava prestes a morrer

E tudo quando a primaveira se acabou
E para sempre o inverno reinou em todas as terras
E assim os antigos contos foram esquecidos
Porém a última flecha de Apolo ainda brilhava
Negando com todas as suas forças o frio mortal do silêncio
E em suas memórias foi autografado uma antiga lei
Talvez a mais antiga do mundo:

"Uma vida por uma vida,
Uma alma por uma alma, pois assim foi um dia
A perdição de uns e a salvação de outros
Pois em todo fim há um começo para uma nova história
E assim a grande Ouroboros permanece tão real quanto antes."

Foi assim que um dos Grandes Valetes, talves o principal
Que levava o título de senhor do tempo, pois a tudo parecia saber
Foi levado para além das areias da vida.

sábado, 22 de maio de 2010

Exclamar

Talvez esse seja o momento em que diz:

"Existe pessoas de vários estilos
E as mais patéticas são aquelas que não sabem
Viver sem odiar a si mesmo por isso.
O curioso é se orgulhar, como se odiar a vida
Fosse algo nobre, oras senhoras e senhores!
Neste caso, que as favas vá então o drama!"

Mas é apenas uma das direções!

Esvaziar

Escrever,
Apenas e somente,
Quando tiver algo a acrescentar a vocês,
Minha platéia.
Agora o resto são somente ferramentas
Pois afinal de contas
As pontes costumam ruir como todo tipo de construção.

As falhas simplesmente existem
Por isso, os acertos.

sábado, 8 de maio de 2010

Veja: 27 de dezembro de 2000 (Coisas que deveriamos nos lembrar)

Soninha

Os jovens de hoje
e os mistérios de sempre

h, os jovens de hoje em dia... São alienados e egocêntricos, consumistas e irresponsáveis. Pensam apenas no próprio bem-estar. Não se interessam por política, não respeitam ninguém, não têm ideais.
O diagnóstico acima tem pelo menos vinte anos. Ou seja: é mais velho que "os jovens de hoje em dia".

Quando eu estava no ginásio, entre 1977 e 1980, já ouvia dizer que os jovens davam mais importância à marca da roupa que ao caráter. Que uma calça Fiorucci era mais apreciada que a beleza interior. Que o "ter" valia mais que o "ser".
Dizia-se também que a minha geração tinha trocado a cultura dos livros pela bitolação da TV. Que a música barulhenta alienava e ensurdecia ("Não se faz mais música de verdade!"). Que o sexo se tinha banalizado – as meninas não se preservavam e os meninos só queriam aproveitar-se delas. Que havia menos profundidade nas relações e mais futilidade. Muito disso era verdade, e continua sendo. Muito é exagero.
Rebeldia e individualismo
Os jovens do meu tempo têm sempre os anos 60 como modelo do que não fomos. Parece até que todos os jovens daquela década eram engajados na luta por liberdade e justiça. Não eram! Quantos jovens atravessaram os anos 60 alheios às manifestações por liberdade? Quantos trataram só de perseguir seu diploma, seu casamento, um emprego estável e a casa própria? Havia quem concordasse com aquele estado de coisas e quem ficasse indiferente, desde que pudesse tirar um sarro no carro do pai.
Costumamos jogar no mesmo barco dos anos 60 os protestos contra a Guerra do Vietnã, o movimento negro, as passeatas feministas e os festivais de rock (nos Estados Unidos) e a resistência à ditadura (no Brasil). Os clipes de imagens da época reúnem, freqüentemente, jovens seminuas com flores no cabelo e estudantes fugindo do gás lacrimogêneo, embora as reivindicações de uns e outros fossem completamente diferentes.
Entre aqueles que participavam, de fato, das passeatas e de outras manifestações, quantos não estavam pensando prioritariamente na própria liberdade, em seu tesão, em seu direito? Quantos, genuinamente, lutavam pelos direitos de todos? Quanto havia de altruísmo e quanto de individualismo? Quantos se deixaram levar pelo embalo e não sabiam muito bem o que estava acontecendo? (Não foram só os caras-pintadas do Fora Collor!)
Claro que muitos abandonaram seu conforto, suas horas de descanso e o abrigo seguro da indiferença para se arriscar seriamente na luta política. Expuseram-se a todo tipo de violência por seu ideal. Muitos morreram; muitos perderam amigos, parentes, a liberdade e até a pátria.
Hoje em dia, mais do que em qualquer época, é impossível dizer "os jovens são isso" (ou "aquilo"). O espectro que vai dos liberais aos conservadores, dos modernos aos antiquados, dos adesistas aos inconformados, dos antenados aos distraídos tem muito mais nuances.
Há jovens alienados agora, assim como havia antes. Há jovens equivocados e jovens esclarecidos. Há jovens altruístas e idealistas, como há ambiciosos e egocêntricos. Todos com muitas coisas em comum entre si...
A vontade de encher a cara ou de "fumar um" pode ser arrivismo ou existencialismo – mas não é nova. Aproveitar a efervescência dos hormônios e o tempo livre para fazer o que não se espera de um adulto sempre foi a palavra de ordem.
Se a música continua uma boa referência do que querem e sobre o que pensam os jovens, seu significado não é muito evidente – a mesma menina que se diverte com Planet Hemp e Charlie Brown Jr pode gostar de Hanson e Ivete Sangalo; o garoto que ouve um pagode romântico e "alienado" pode amar Thaíde & DJ Hum e Racionais MC's, Chico Science e Nação Zumbi, representando os pobres das regiões mais pobres do Brasil. Alguns jovens da periferia adoram Djavan e não têm o menor respeito por Caetano Veloso, mas quase todos reverenciam Legião Urbana.
Hoje, como antes, as aparências enganam. Há patricinhas engajadas, cujos brincos de argola emolduram preocupações sociais e a disposição para o trabalho voluntário. Sujeitos mal-encarados e assustadores podem ser absolutamente inofensivos, gentis e equilibrados. O garoto tatuado pode ser preguiçoso e descrente de tudo ou um esportista esforçado e focado em sua carreira. O vestibulando de direito pode ter o anseio de lutar pelos direitos das minorias ou pode ser machista e homófobo. Aquele que ostenta dúzias de piercings pode ter vontade de desafiar os mais velhos e os preconceituosos em doses iguais ao respeito e carinho que sente pela própria mãe. Talvez ele não queira fazer desafio nenhum e apenas se ache mais bonito assim.
De graça e sem graça
Embora hoje se fale muito mais sobre sexo e se estimule sua prática em todas as horas e lugares, das capas de revista aos comerciais de refrigerante, algumas coisas permanecem iguais entre quatro paredes cobertas de cartazes. Os meninos continuam com medo de falhar na primeira vez e de não corresponder às expectativas. As meninas têm medo de ser usadas, de fazer papel de trouxas. Os consultórios públicos se multiplicam, nas revistas, na TV e na internet, mas as perguntas são as mesmas de sempre: masturbação demais faz mal? Como saber se meu pênis é pequeno? Devo transar no primeiro encontro?
Os jovens podem falar muito mais de sexo, mas isso não significa que estejam fazendo tanto quanto falam. Beijar é muito mais fácil do que era antes, mas ir para a cama, não tanto. Meninos e meninas ainda têm vergonha até de pensar em tirar a roupa na frente de quem interessa, por mais bundas que haja em exposição. Há meninos românticos e meninas cruéis; meninos e meninas atirados e retraídos. Como sempre houve...
Mesmo que seja mais no falar do que no fazer, é uma pena que a vida sexual comece cada vez mais cedo. As relações precipitadas trazem o risco de gravidez, doenças sexualmente transmissíveis e da falta de prazer. As meninas poderiam ter muito mais orgasmos com masturbação e bolinação que com penetração. Além disso, a sedução, a provocação e o jogo de aparências começam muito antes do que deveriam. Sobra cada vez menos tempo para ignorar as medidas "ideais", a bunda caída ou a roupa da moda. Para ser menina desencanada ou criança feiosa.
Muitas coisas ficaram mais fáceis e perderam boa parte da graça. Ninguém precisa esforçar-se para ver um peito de mulher. O pior é que a nudez não ficou mais natural. Ainda não podemos tirar o biquíni ou a camisa na rua. É o seio sedutor, que se oferece ao toque e ao desejo, que estampa os outdoors. Perdeu-se o mistério e não ganhamos liberdade. Era mais gostoso quando era um pouco mais difícil!
Outros sonhos também já foram mais distantes. Outro dia me lembrei de quanto tempo esperei até comprar um tênis de cano alto, próprio para jogar basquete. Foi uma glória, e era um Topper! Hoje em dia, ninguém quer menos que um tênis importado. Embora as perspectivas de trabalho e renda sejam mais estreitas, os sonhos se popularizaram. O consumo se apresenta exuberante, impositivo e tentador e seduz a todos, democraticamente (?). Mas não satisfaz nem a metade. Se, por um lado, é cada vez mais difícil encontrar uma praia deserta, por outro, milhares e milhares de jovens da periferia de São Paulo, a cento e poucos quilômetros do litoral, nunca viram praia alguma. A não ser no anúncio de sorvete na traseira do ônibus.
Os adultos de hoje em dia
Os jovens não são um povo alienígena nem uma sociedade à parte. Eles são parte da nossa sociedade – mais consumista, mais injusta, mais superficial e apressada. O que antes era sombria ameaça apocalíptica hoje já está em vigor. Falta emprego, a periferia explode em carências múltiplas, a violência toma conta. A ameaça ao meio ambiente tornou-se um perigo real e imediato. Os espaços de convivência rareiam. A família conversa menos, os vizinhos mal se conhecem, há menos tempo para o "nada" necessário para a reflexão.

Ilustração: Evandro Luiz
Quem é consumista e egocêntrico? Quem é comodista e não sai da frente da televisão? Uma parte dos jovens e uma grande parte dos ex-jovens. Os pais, os chefes, os adultos.
O mundo adulto está cada vez mais juvenil, no pior sentido. As pessoas resistem a qualquer coisa que lhes contrarie a vontade. O uso de camisinha é maior entre os mais jovens que entre os mais velhos (isso é estatística, não é palpite). Pense neste exemplo: nos últimos anos, os adultos ganharam um brinquedo de presente – um telefone sem fio, que fala em qualquer lugar. "Só não pode usar no cinema, no teatro e principalmente enquanto estiver dirigindo." O que fizeram com o celular? Transformaram o aparelho no melhor amigo do motorista. Não conseguem obedecer a uma regra simples e esperam que os jovens respeitem os limites.
Juventude? Isso passa
Tanto quanto eu sempre ouvi dizer que os jovens eram alienados, ouvi também que a minha vontade de mudar o mundo era típica dos jovens... E era só esperar um pouco que ia passar.
Há muitos e muitos jovens querendo mudar o mundo. Há mais deles tomando atitudes que em qualquer outro tempo – no movimento hip hop, em ONGs, nas escolas, na rua. Sozinhos ou em turma, os jovens se movimentam em nome de seus ideais.
Os jovens mais modernos não são aqueles que desconfiam de qualquer um com mais de 30 anos. Eles reverenciam os avós, repelem o machismo, têm consciência social. Valorizam tudo o que é genuíno, mesmo que não seja de seu gosto – de Jackson do Pandeiro a Bob Marley e Tim Maia. Fazem sites e fanzines, escrevem poesias, organizam eventos. E se prometem não mudar depois de crescer.
Música e política, sexo e responsabilidade, justiça social e meio ambiente... Apesar da desconfiança (e até má vontade) dos adultos, quer dizer, daqueles que eram jovens nos "mágicos" anos 60, boa parte dos jovens desta década está no caminho certo. Se aquela época pode ser representada por figuras tão diferentes como Janis Joplin, Martin Luther King, Pelé e Che Guevara, os jovens do fim do século podem ter como símbolos os Racionais MC's, Gustavo Kuerten e o logotipo da reciclagem. Acho que ainda vou tatuar um no braço.

Conclusão
Aos pais: os jovens valorizam o que é genuíno. Eles gostam dos avós, detestam o machismo e se preocupam com a situação social e o meio ambiente. Estão no caminho certo.



P.S: Não sei porque ficou com defeito nas margens, mas se fizer esforço dá pra entender. Está bem interessante a matéria!

domingo, 2 de maio de 2010

Sobre o gelo fino da vida moderna

Milhões de ideias se passaram ali desde então
Planos, conversas
Hipóteses que nunca aconteceram fora dali
Foi então que percebeu que ali teria tudo que sempre quis
Foi assim que sumiu dali
Ali então decidiu
Para sempre preso

Ir e vir

Olhou para algum lugar
Procurou por algo
Mas como achar algo que não sabe o que é?

O jovem-velho continuou então a caminhar
Continuando a cumprir o único objetivo
Caminhar pela vida

Ele aprendeu, renasceu e remoldou sua realidade
Mas sempre percebia que havia mais coisas para aprender e mais coisas para consertar
Mesmo depois de seu grande aprendizado ainda errava
O que fazer perante a isso?
Não viu opção, as coisas simplesmente eram!

Desde então decidiu não mais pensar
Não havia o que pensar, as coisas sempre teriam coisas
Então passou a viver
Cego pela a esperança e fazendo de tudo para ser feliz
Longe de dores.

Certamente é uma opção, mas será única?
Pode muito bem não ser real....

Centelha

Cegos, são
Não veem por mais perto que estejam
Preferem imaginar visões de lugares distantes
Que não existem
O absurdo é mais simples
Dão mais valor a coisas do que a si mesmo
E então culpam todos humanos
Pois afinal, o único culpado só poderia ser os outros, não?

Porém acusar não chega a ser uma solução
O correto seria procurar entender essas ações
Por que as coisas acontecem? Só porque as pessoas nascem ruins?
Isso é covardia, fugir da realidade por ser mais fácil
Poucos procuram entender seus ofensores em vez de agredi-los também.
Não é fácil, certamente se erra muito antes de aprender
Mas desistir é algo fora de questão.

O problema é sempre estar em "Quê" de acusação

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sonhos, janelas e anomalias

Sim, todas as pessoas olharam pela mesma bendita janela
Procurando a mesma coisa
Ou melhor dizendo, esperando

 "Você tem o dom, mas parece está esperando por algo..."

Não aguento mais ouvir falar que as pessoas são diferentes
Umas nascem boas, outras são ruins
Simplesmente são e acabou
Oras, somos o que dá pra fazer!
Se o geral não nos dar coisa digna para fazer
Que culpa há?

Mas não, preferem esperar
Esperar por algo que nunca vai aparecer
Uns levantam e vão buscar isso então
Será esses os tais vilões do mundo?
Esses que são seus lobos?
Porque não ouvir o que a anomalia fala
Por uma só vez?

Sendo que muitos nem sabe o que é ouvir!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Lirismo

Em cima da montanha
O gigante desperta
Num cenário espetacular
Aonde nenhuma das regras da física
Poderia citar

O sol nascia na sua primeira vez
Iradiando a todos
Acalentando até mesmo os algozes

O calor tocava a alma
Era tempo de sonhos
E os peixes pulavam no mar
As borboletas passeavam nos bosques
Os passaros escreviam poesias no céu
E as estrelas eram visíveis em pleno dia

Assim o gigante adormeceu

O céu, a gaiola

Viver num sistema
Onde você é limitado
Preso a uma cela
Mas tem pessoas

Ou viver o voo da liberdade
Por só uma vez?

Vírus

Nascemos num local
Nos mutiplicamos
Acabamos com todos recurssos
E vamos para outro lugar

Verdadeiramente sabemos bem quem eu sou...

O último voo

O céu da alvorada
Pingando o sangue
Da ave que teve suas asas arrancadas

Agora vivendo
Na liberdade
De sua cela manicômica

Eis ave que nunca voar iria
Num mundo que nem mais céu tem
De horizontes caídos
De beijos atados a caveira realista

É pós-mordenista

Poesias

Poetas Românticos,
Arcádicos,
Barrocos ou
Clássicos

Lançando idéias
Novas da mesma forma
Que já era antes
Com características
Que sempre esteve
Em momento algum
Presente nelas.

Perguntas

Perguntas
São apenas perguntas
Perigosas elas são
Cuspindo seus venenos
Instalando a angústia
De nada entender
E também espalhando a esperança
De um dia entende-las

Quem sou eu?

Sou eu que sou
Ou o que não sou?

Estou num lugar
Que não é lugar nenhum?

Então o céu não é azul
E as estrelas não brilham, amor?

Nada disso nunca existiu
Tudo é sonho?
E sonho, reais são?

Qual a finalidade então de todo esse paradoxo?
Se tudo não passa de um quadro negro
Onde constantemente é apagado...

sábado, 6 de março de 2010

Avidus

Grito de terror
Em plena noite quente,
era o mundo.

Onde loucura nenhuma poderia ser salva
Cada um gritando de sua cela
Para um mundo de surdos,
Surdos pois todos estão gritando juntos.

Covardes são
Não admitem suas dores
Grandes de mais para eles, nós.

E cada um gritando de sua jaula
Eis verdadeira animalização do ser
Que foi preso por sua própia esperteza.

Mandatum

Escuto na rádio
músicas retratando uma paixão
músicas que nunca mais tinha ouvido
patéticas, elas eram

Romances eram pura mentira
Inúteis, fúteis

Não nego que amei
Eu amei meus amigos
Mas toda forma de paixão era reprimida
Eis a droga do ser

Hoje vejo que tudo na vida é útil
Não deveria ter reprimido o que sentia

E agora isso de paixão,
Torna a parecer impossível.

Não sofro agora
Sempre sofri
O sofrimento faz parte do ser
Dos vivos.

Ache Vere

Discursos depressivos
de quando em vez
ditos em voz suave.

Discursos vindos de uma alma que sofre
o ser humano...

É o que acontece quando o pensar é doloroso.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Reflexão 1

Queremos viver bem
Com o coração alegre

Queremos a felicidade
E a buscamos em vários lugares
Seja em um relacionamento,
Numa amizade,
Ou até mesmo em uma atividade.

Temos medo da dor,
Da angústia
E acabamos por fazer vista grossa a todas as falhas de nossa felicidade
Preferimos acreditar que existe um paraíso, pois assim é mais fácil

Porém chega um momento,
Que tem tanta coisa errada,
Que não conseguimos mais nos fazermos de cegos
Perdemos o sentido para viver
Vemos que nada era aquela perfeição...

Vamos acabar encontrando outra mentira para acreditar
Simplesmente porque não somos capazes de aceitar
Que nada é perfeito
Sempre vai ter uma coisa além.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Fetiche

Eu os protejo de minha dor
E eles jogam suas dores em mim

Eu os ajudos
Consolo todos eles
E eles me chamam de amigo

O que eles não sabem, é que suas dores, também doem em mim
E eles continuam a sofrer
E só posso consola-los

Tudo fica bem pra eles
E eu ainda sinto suas dores

As pessoas não são felizes
Elas são decepcionantes
E são tudo que temos

Ou você vive o mundinho de alienação delas
Ou você vive sozinho

De que adianta sair do muro
Se todos continuam lá dentro?

Querem paixão
E esquecem os amigos
Querem qualquer coisa que pareça felicidade
E esquecem os amigos

Nada importa,
Só o que nós somos
E o que fomos

Não são os outros
O sofrimento sempre vem em 1° pessoa
Tudo é o eu

Eles são decepcionantes
Eu também...

Mas eu os poupei,
E é tudo mentira.

The Trial

O que há, letras?
Porque todo esse mistério?

O que eles querem dizer, palavras?
Aonde querem chegar?

Estórias, contem seus segredos!
Façam-me companhia

O que há?
O que são?

Louco
Estamos ficando loucos
E já eramos todos loucos...

Macacos me mordam! Eu sou louco!
Tudo é pedra
Tudo é terra

A Atomicidade do ser
É a loucura a solta,
Selva de pedra!

Eu estou louco
É, eu também fui fisgado

Como foi que cai dentro do muro??
Simplesmente tinha um muro por trás de meu muro
Cadê a porta por onde entrei?
Nunca houve uma porta...

Derrubem o muro!
Tear down the wall!!!

Os loucos
Me chamaram de louco.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Impossível

Paixão
Apaixonar
A paixão no ar

Pertubar
Pertubadora
Essa é minha confusão..

Há e não há
Sentido, valores
Pra isso?

Não chego em lugar nenhum
É mais fácil dizer
Que gosto de você.

Mas tem muita coisa por trás de 4 palavras
O que é gostar e o que é você?
O que é gostar de você?
O que é você?

Quero expressar
E escutar
Que mal a nisso?

Todo Título

Espelho

Nos olhos negros nada vi
Além de desilusão.

Uma dor presa na garganta
E um hálito que fedia a alma

Era a desumanidade do ser.....

Expressão

Tempestades no porto
Crianças correm
E em suas mães que chorem!

Acreditaram que a vida era um aborto
Que nada haveria de se fazer
Só o lamentar em um coro
Que gela até teu brilho, ó Sol!

Todos os fracos desistiram
E os fortes desistiram
Sábios desistiram
Pois ninguém assumiu que choras por ti!

Mas uma hora eles teriam que se deparar
O novo mundo de um despertar
D´ma vida fora das cavernas.

Visualização

Luz e sombra,
angústia e superação.
sombra e luz,
morte e esperança.

Faça luz e terá sombras
Tenhas sombras e encontrarás luz

Esse é o jogo de luz e sombras
Onde uma é o começo da outra

E se...

Viver,
Porque vivemos?
O que é vida?

Vivemos em busca de uma vida feliz
Em busca da felicidade
E a buscamos em vários lugares

No poder,
No dinheiro,
No amor,
Na razão...

E em certas situações realmente parece que a gente chegou lá
Passa uns tempos e você vê tudo começar a desmoronar.
Seu castelo de sonhos...
E não pode fazer nada.

Desse ponto as pessoas normalmente não veem sentido na vida,
Como se sempre tudo fosse o desabar

Essas pessoas não vão mais querer viver
Vão começar uma espécie de sobre vida
Isolar-se de toda sociedade, construir seu muro
Acham que assim vão sofrer menos.

Essas pessoas ou vão pirar de tanta angústia
Ou vão procurar uma solução para seus problemas
Por o muro abaixo!

Vão começar a fazer suas conquistas, vão crescer de novo
E novamente vão se achar felizes de verdade, só que dessa vez vão achar que fizeram certo
Mas tudo vai cair novamente.

Onde quero chegar com isso?
A felicidade é uma busca que não acaba nunca
Sendo que em certas situações vamos poder tocá-la
E logo depois perder ela de vista.

É como um castelinho de areia
A criança faz seu castelinho com todo o capricho possível
Termina e admira sua obra
A onda do mar atinge o castelinho e ele desmonorona em frente a criança que não pode fazer nada

O interessante é que ela vai fazer outro castelinho,
E a medida que eles forem derrubados a criança fará outro mais resistente

O que conta para ela é a construção do castelo,
A construção da felicidade.
A estrada que percorremos eternamente!

Quem disse que não podemos ser feliz na busca?
Na construção de um castelinho mais resistente que o outro?

E quando tudo desabar prosseguimos sorrindo
Prontos para fazer outro, melhor?

E se a felicidade for o caminho?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

La Angustia

Angústia, você é minha musa
Angústia, não há mais nenhuma Lua

Angústia, o mundo parou
E ninguém se deparou.....

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Só ilusões

Sol,
Cansei
Cansei desta carreira de solo

Devolva o meu calor
Pois já não posso mais suportar.
Já não posso suportar esse mundo...


Não posso mais continuar
Pois eu preciso,
Preciso!
Do que tanto desconciderei
Amar por te!
O amor por te...

Não vou suportar o silencio
Preciso amar
Pra quer sonhar com a liberdade?
Preciso amar
E já não vejo meu mundo....

Eu quero brilhar
Até mais que as estrelas
Ser mais forte que Sírius

Mas se tiver uma chance
Eu largo tudo
Pois eu prefiro é amar

Preciso amar
Prefiro amar
Chega das sombras
Chega do frio...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Há algum tempo

Não sei o que fazer
Se tudo está errado ou se é só eu

Me vejo só numa ilha
Cercado por um mar de limites que me recuso aceitar

Mais só tem eu
Só eu...

O mundo não está bom
As coisas ruins são absurdas
Cada coisa que fazemos gera consequências terríveis

Eu queria ser feliz
Mas pra ser feliz tenho que acreditar que ta tudo bem

Se eu decidir lutar pelas mudanças
Será só eu

Ninguém vai me ouvir no final
E quando morrer será um alivio

Seria bom se ainda acreditasse no amor apaixonado
Poderia fazer vista grossa pro mundo todo só pra forçar essa felicidade limitada.

27/01/10

sábado, 16 de janeiro de 2010

3° dia

Tomamos um café da manhã fenomenal na pousada, comi tanto quanto um rei! Acordamos 6h se não me engano pois tínhamos combinado que iríamos no rio Garapa (para quem não sabe garapa é outro nome dado a caldo de cana) que o Elber disse haver corredeiras. Partimos a carro até chegar no rio. Nos enfiamos em caminhos dentro do mato (me senti em um rally). O carro seguiu até parar exactamente em frente o rio, a estrada de terra continuava na outra margem, indicando talvez que dê para atravessar em um 4x4. Não nos ariscamos e descemos do carro, achamos uma trilha e começamos a subir, subir e subir e nada de chegar. A trilha começava a se desviar do rio e o seu barulho diminuía a cada passo dado. Desistimos e acabamos por voltar (descemos tudo de novo!) até aonde o carro estava para ver se não havia alguma outra trilha. Não havia outro caminho além da trilha que a gente havia acabado de descer e o próprio rio. Meu tio verificou, entrando no rio, se tinha como alcançar as corredeiras andando por ele. A água (vermelha) era rasa, chegando até a barriga, porém muiiiiito fria. O motivo do nome Garapa era pelo fato de haver espumas no rio. Não era sujeira, o rio era muito limpo! Deveria ser uma propriedade natural do rio.
Pode parecer absurdo mais decidimos novamente ir pelo mesmo caminho que havíamos acabado de voltar para ver aonde iria dar (subimos tudo de novo). Nossa como andamos! Em determinado ponto a trilha estreitou um pouco e começou a voltar para o rio, o que nos animou. Apesar da animação a trilha nunca acabava e não ouvíamos o som do rio, era capaz daquela maldita trilha levar a gente até a Roma! E acabamos por voltar novamente.
Chegamos a um ponto na trilha que voltamos a ouvir o rio. A trilha por onde passávamos ficava entre um morro e um barranco (um grande barranco) , e depois desse barranco havia o rio, resultado foi que decidimos descer o barranco que não havia uma trilha sequer. Nos embrenhamos numa porrada de espinheiros, nos agarramos em teias de aranhas, escorregamos pelo barranco. Foi um negócio complicado, tínhamos que descer nos agarrando a qualquer moitinha que houvesse. Sim! Conseguimos chegar ao rio! Estávamos sujos e arranhados, porém eu pelo menos me sentia vitorioso. A corredeira do rio Garapa passava no meio de um chão de pedras aonde estávamos na margem esquerda. Entramos no rio porém ficamos no raso com medo de sermos levados pela corredeira. Tivemos uns segundos de falsa esperança de voltar para o carro andando pelas rochas, só que logo vimos que em um determinado ponto elas afundavam na água. Tivemos que escalar todo o barrando de novo tentando achar a trilha naquele mundarel de espinheiros e troncos de árvores. Enquanto escalava, por um motivo bizarro imaginei a minha professora de biologia escalando aquele barranco enquanto dizia todas as espécies de plantas e bichos da região. Conseguimos voltar para a trilha, estávamos exaustos, porém eu estava orgulhoso por ter conseguido escalar o barranco. Fomos até a loja do Elber comemos umas esfihas e bebemos ironicamente uma garapa. Voltamos para a cidade, fechamos as contas e partimos para a estrada, para Mucugê, cujo cemitério gótico bizantino era a atracção turística do local.
Chegamos na cidade mas sem reparar em muita coisa pois precisávamos urgentemente de um hotel. Nos hospedamos no Hotel Alpina Resort Mucugê. Tomei um banho com a água fervendo e depois me joguei naquela cama de nuvens e dormir até a noite. Quando acordei descobri que meus tios haviam saído. Engraçado que foi ai que resolvi começar o diário de aventuras. Peguei o notboock do meu tio emprestado e comecei a escrever as experiências que tinha vivido. A noite meus tios chegaram com um pacote de biscoitos para mim. Decidimos visitar o cemitério. Pode parecer estranho visitar um cemitério a noite porém as luzes que viam dele...era algo único. Voltamos para o htel mas antes de eu entrar nele eu dei uma olhada para o céu e vi o que nunca tinha visto antes. Aquilo sim era o céu de verdade, dava para ver toda a via Láctea com suas maravilhosas constelações. Vi Sírios, as 3 Marias, Gêmeos , Órion...Aquilo parecia coisa de outro mundo, nunca havia visto o céu daquele jeito, fiquei absolutamente maravilhado. Jantamos no hotel e fomos dormir. Esse foi o 3° dia.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sem restrições

Quero sonhar

Olhar pras estrelas

Sem ter ninguém para ter que acreditar....


Quero viver

Sem ter ninguém pra me olhar


Viver sem ter que ter cuidado

Pra não causar impressões


Má impressões


Correr

O mais rápido que puder


Sorrir

O quanto quiser


Ser feliz

Como eu quero


Sem restrições

Noite fria

Estava noite fria...

E eu caindo

caindo na tristeza

da dor....


Por que será que as coisas são assim?

Por que será que tudo continua assim?

Por que será que nada continua no melhor...


Por que!

Por ques!

Por que..


São tantos que vão....


Estava correndo no meio da madrugada

tentando escapar do novo problema

cantando meus versos

minhas escritas

só pra escapar das coisas antigas


Fantasmas da noite

minhas lembranças

companheiros de cela


estragam palavras

confundem a alma

só levam o que lhes dão prazer...


Por que?

Por ques?

Por que?


Todos vocês vão...

irão

cair

Quem sou eu?

Olho no espelho

e vejo aqueles olhos,

olhos que assombram,

que me assombram


Não sei se foi eu

ou se foi o mundo que me fez assim

de olhos opacos

que guardam m'nha aurea

Correntezas profundas de pensamentos

levando estórias e perguntas,

gritando para o mundo

perguntando....

será que aquilo sou eu?


Sou eu

Quem sou eu?


Sou eu

Quem sou eu?


Será que é você

ou tudo é ilusão

frases que escapam de noites sem inpiração


Poetas que cantam

cantam as cores

idolatros e pergunto

Será que sou eu?


Sou eu?

Quem sou eu...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

2° dia



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010,

Ainda falta registrar dois dias de viagem, e tenho que me basear pela minha memória. Até agora tenho conseguido um resultado satisfatório, mas não é uma tarefa fácil pois minha memória nunca foi lá das melhores.
No 2° dia de viagem fomos para Andaraí, no caminho havia uma ponte que atravessava um rio, um rio com água vermelha, e nele havia banhistas, pessoas humildes com seus filhos lavando roupas. Estacionamos o carro no acostamento e fomos para esse rio. Passamos por uma pequena trilha (algo já comum nessa viagem) e rapidamente chegamos no rio. Suas águas eram quentes e devido a coloração mal dava para ver o fundo, porém aparentemente o rio era raso com a água chegando no máximo na região da barriga. Ficamos um tempo no rio e depois vestimos roupas secas e partimos. Na estrada encontramos uma loja beira de estrada cujo dono era Elber, comemos umas esfihas que a mulher dele, a Ana Maria, faz. Uma dessas esfihas continha como recheio o mesmo alimento utilizado para gado em tempos de seca, uma experiência dela que por sinal é muito gostoso. Em seguida fomos num passeio a canoa no Marinbús , um pantanal, o nosso remador era um rapaz gente boa chamado de "bombinha", diz ele que lá havia jacaré porém eu não vi nenhum. Tiramos fotos e fizemos vários vídeos. Lembro que havia muitos aguapés aonde pequenos grilos pulavam de uma folha para outra, havia também umas libélulas azuis que voavam a poucos centímetros da superfície do rio. Em certo ponto descemos da canoa e tomamos banho ( a água também era vermelha!), todos estávamos com colete salva-vidas. Quando eu desci da canoa quase que imediatamente tentei boiar naquele rio usando o colete, era uma posição bem confortável, mas logo a corrente do rio me puxou. Bombinha rapidamente disparou na água de tal modo a passar por mim para impedir que eu sumisse na correnteza. Meu tio me instruiu a agarrar os aguapés pois não da pra nadar contra a correnteza de um rio. Depois de um momento de tensão eu consegui, pouco a pouco, sair da zona forte da correnteza.


Após o passeio fomos para a cidade com a pretensão de fazer uma estadia na pousada da Ana Maria cujo nome era "Pousada Sincorá". No caminho deu para visualizar de relance a natureza da cidade que havia umas casinhas com jeito de ser do estilo colonial. Passava um rio (também vermelho) mais ou menos no centro da cidade. Reparamos que não havia tantos vagabundos se comparado a Lençóis. Chegamos na pousada e nos instalamos no nosso quarto que ficava um andar acima. Tomei um banho e depois desci para conhecer a cidade e arranjar o jantar com meu tio e minha tia. Andamos pela cidade, entramos em várias lojas de artesanato, conversamos com a pessoa e em pouco tempo sabíamos mais ou menos aonde ficava tudo na cidade. Jantamos uma pizza numa espécie de pizzaria&lanchonete. Voltamos para a pousada e dormimos pois o dia seguinte jurava começar cedo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

1° dia

Quinta-feira 7 de Janeiro de 2010,

Faz 3 dias que parto nesta aventura, porém começo hoje a escrever o que foram minhas férias. Parti de Stella Mares (Salvador BA) ás 11h a um percurso para Brasília. No começo da viagem fui no Parati do meu tio Marcos, tivemos pequenos problemas quando erramos o caminho, porém o problema rapidamente foi resolvido e fomos para Lençóis (BA) a 130km/h ouvindo rock internacional antigo seguindo o carro de um outro tio meu, o Marcelo. Ao chegarmos perto de Lençois eu fui pro carro do meu tio Marcelo e o Marcos partiu direto para Brasília como foi antecipadamente programado.
Lençois é uma cidade engraçada, achei ela muito parecida com Pelourinho, as casas tem uma construção antiga dedicada ao turismo com sua imensa cadeia de lojas(descobri posteriormente que era pelo fato de ambas serem tombadas). Ela possui certos traços ruins também, como seus cães sarnentos e bêbados mirrantes que saem pela rua pedindo esmola. Se minha memória não falha, corria um rio por dentro da cidade, um rio com água vermelha!

Ao chegar na cidade estacionamos o carro em um lugar qualquer e começamos a dar uma olhada. Minha tia se interessou por um chinelo feito de borracha de pneu, que de fato era um produto curioso, tinha também amostras de solo onde a lenda diz que é capaz de encontrar aqueles tipos de terra por toda a chapada! Com essa areia as pessoas fazem uma arte aonde se desenha figuras com essa areia dentro de um pote de vidro, é realmente fabuloso! Depois de uma rápida caminhada voltamos ao carro para procurar uma pousada, ela era simples mas com um preço um pouco salgado. Nos espreguiçamos um pouco na cama dura feito um pau e partimos para a primeira aventura, nós fomos para Cachoeirinha. Fomos de carro até certo ponto e então descemos para a trilha, uma trilha de verdade!. Logo no início encontramos um guia meio ranzinza que ofereceu nos levar ida e volta a essa cachoeira por R$10. A trilha era agradável, tinha uma variedade de folhas e flores (bem, eu ainda não estava no espírito de aventura e não notei os arredores, quem ficou com esse papel foram meus tios que paravam todo momento para tirar uma foto ou recolher um galho com folhas secas e quando vi as fotos meu queixo caiu!). Tenho 15 anos e nunca tinha tomado banho de cachoeira, bom, agora posso dizer que já tomei e que é maravilhoso, um "descarrego". Havia rochas por onde caminhávamos e embaixo dela tinha a água então pense em como havia limo! Tive que andar com cuidado, porém quando estávamos em frente a cachoeira a poucos passos de distância eu resolvi levar uma queda de bunda em cima duma pedra (hehehe), não me machuquei e continuamos em frente. Cara, aquilo parecia água de geladeira, mas devido a trilha eu tava com tanto calor que foi até refrescante, havia turistas no rio, talvez alguns gringos, mas todos pareciam ser gente boa. Após o banho de cachoeira entrei no rio (tinha bastantes pedras, me senti um selvagem caminhando nas rochas nuas), encontrei uma pequena rocha solta e com ela escrevi uns caracteres nada importantes nas rochas maiores e depois a coloquei embaixo da cachoeira como uma oferenda a natureza. Ao voltarmos da trilha meu tio pagou a mais para o nosso guia como gesto de caridade.
Almoçamos num restaurante que tinha umas mesinhas do lado de fora e tirando uma baixa quantidade de moscas tivemos um bom almoço. Para lembrar, quem estava no carro do meu tio Marcelo era ele, a esposa Inês, e eu. Voltamos para a pousada, descansamos,
tomamos um banho e fomos realmente conhecer a cidade. Caminhamos pela cidade visitando uma variedade lojas de artesanato, museus, mercadinhos. Devo admitir que minha tia Inês rodava essas lojas de artesanato (e como rodava!), mas foi um passei bem divertido. Voltamos a noite para a pousada e dormimos. Esse foi o 1° dia e assim termino o 3° dia as exatas sexta-feira 8 de Janeiro ás 00:09.