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segunda-feira, 27 de abril de 2015

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Mordomo



Senhor pega este copo e traz para mim
Pois deste conteúdo quero provar
Traz pra mim o que trouxe ao bar
Pois quero provar cada pedaço
Desta biblioteca sem fim

Senhor mordomo
Olha estes quadros
Quantas cenas foram vividas
Quantas vidas realizadas
Num brevíssimo ato
Que é o teatro da vida

Como pode Senhor mordomo
Como pode apenas ter essa brevíssima existência
Com esta adega sem fim
Que mal comecei a experimentar?

Da a mim, Senhor mordomo
Mais que um século
Pois quero provar
Cada pedaço
Desta minha existência alvorar




Ah! mordomia, esse jogo um dia ainda vai virar...

O ser

Queria,
pensava,
sonhava,
desejava.

vida ingrata!
Em seu negro vestido
luz banhava,
A dama da lua

Seus olhos cansados
Refletiam-se nos que ainda estavam acordados
banhando-se no sereno da rua

E no horário sagrado
Os bêbados, decadentes
Poetas e melancólicos
Juntavam as mãos

Junto a marcha da lua

que agora desaparecia sobre o alvorecer de um novo dia
O insucesso de te ver
ó velha chama
a minha alma não engana

Nossos anos de sucessos
jamais passaram de versos
nunca transpostos para papel


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Ao remetente

Aonde estarás com o pensamento?

Minha saudade pergunta

Continua sua curiosidade sobre o mundo?

Quem você se tornou?

A você, toda a sorte

velho amigo
Chama tremeluz
A quê me trás aqui?

Já não basta as penduras de um coração infeliz?

Queima meus sonhos
E os faz real

ao menos uma vez