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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Subli

Diga-me o que se passa
Porque todo dia estou a te esperar
E no final nunca te vejo

Passo horas em solidão
Aguardando seu retorno
Porém dia após dia
Nada muda
A não ser uma leve velhice
Que a cada dia
Acorda mais pesada

Nunca disse que o
Amanhã não
Traria o que tanto
Interrogava
Então, o que fazer?

Ausente














O que eu queria fazer?
Muita coisa
Mas não sabia metades delas
E muitas outras já estavam
Fortemente desconsideradas

Oras, não há porque fazer tolices
Mas parecia que nada sobrava
Talvez fosse apenas o silêncio
Que como uma cobra se enrolava em mim
Agora já nem se sabe

Uma hora eu volto
Quando tudo tiver mudado
Prepare então um chá
Porque eu vou chegar
E vou querer saber o que perdi
Voltando a ser o devido eu

Memórias

O tempo passava
e muitas das coisas que existiram
agora eram carregadas pela areia do inconstante

E a todo momento
mais um grão escorria
pela grande ampulheta que existe por trás da vida
tão velho quando o próprio tempo

E no final nada restava
apenas uma ilusão,
como uma miragem,
estendida num vasto deserto
que sobrou de uma vida superficial.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Toque

Tudo que ele trazia com sigo era uma foto desbotada, carregada de frio e lágrima, de um passado nostálgico que o perseguia. Tentava lembrar, ou esquecer, como as coisas começaram a se destruir, mas enfim, quem se lembra do primeiro que a pedra atirou? No final só nos resta pedaços com gosto amargo de um ''nada mais importa'' em uma noite de verão que jamais existiu.

Lembrar-de

Mero vazio
O que há de se dizer
Quando parecer  tudo saber ao que olha?

Tintas caem em uma tela
Gotas, pálidas, frias e distantes
Tendo tudo
Em um breve olhar
Entre as frestas de uma janela

Suavidade de uma pluma,
Como um cobertor envolvente
A água se aproxima
Trazendo pequenas grandes quantias
De enxurradas
De antigo pensamentos
e a paisagem muda...

Sim, volto a minhas origens
Porque quero saber quem eu era
E o que sou agora
Por isso volto,
Em um disco de vinil
Como um relógio antigo
De uma música sem fim

Serenatas em vão
Corte real, em belo horizonte
resplandece ce
rio, cristal
jóia impecável e inexistente

lembranças, visões
epifania
beleza
sinestesia

Busco Algo

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Castellani

Ah, adoráveis pequenas
Tais Pequenas armadilhas da vida
Essas que nos fazem cair
Nos maiores apuros
E nos dão as maiores dores da insônia.

São pensamentos,
Vagos e inconstantes
Como ponteiros que custam a andar

Porém quando mais se quer ver
Não está mais lá
O que dizia tanto procurar
Sendo então
Mais um,
Castello de Areia