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segunda-feira, 23 de julho de 2012

O resto do rascunho

Meu conforto, meu pesar
Eis o tempo que passa,
E em poucas horas
Mais uma parte de você
desaparece em meio ao pó

Os signos nos separam,
Mas nem toda astrologia do universo
poderia ressucitar aqueles velhos momentos

Eu vi a Mona Lisa
de verdade e em aquarela
seus cabelos em cachinhos...
desbotavam-se no lençol
E a vida que era
encarar aquele olhar
verde castanho i dourado
e rir
para não amar


Mas não lhe falei...
 nem só, bom dia
deixei-te escapar
com o segredo das flores

Meu bem, meu mal

Meus olhos não acompanham o sorriso
não tenho tesão nesse comum gargalhar

mas em poucos minutos eu sou eu
e você pode me ver

mas em pouco some o brilho

e sumo na minnha multidão
formada por imensidão
de ninguéns


Prata e Mel

O medo, o estilo
Ambos se contemplam

seja como o tal do samurai
que hoje eu fui tão feliz
de ter deixado essa parte pra trás

Eu estou a lutar contra o poder
Que me fincou como raíz
Nesse tal de eterno final

mas não é assim
existe muito mais
do que diz

o céu, a terra-água e o ar

Cobre

Não nasci torto
Fui entortado
Como o pouco trocado
Que me deram de  vintém

Velho Samba

Menina bonita
Menina bonita

sua vida é uma tal de aquarela

Quem sabe se passa
quem sabe se é hoje
que ela  me olha da sua janela lelelê


Menina bonita
o que é que te faço para me falar

Quem sabe eu me jogo
Quem sabe eu me jogo, nesse meio
pintado de azul e amarelo
pra gente dar muitas risadas
de onde a vida não nos olhe
e que sabiá mais um sorriso
que nos olhos seja um pouco mais.....
do que aquele um velho abraço
juntinhos e colados
ao som do mar e luz
ouvindo a boa prosa
nessa nossa
rodinha de samba