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domingo, 5 de janeiro de 2014

Borboletas no aquário

Rabiscos perdidos
De um velho iludido

Talvez sem régua
Não seria tão risível

Se escrevesse a verdade
Encontraria sua criatividade

Mas em seu quarto falhara
Afundado na banalidade

Em sua janela, tão bela
Uma flor era esquecida


E o sol e a lua, seguiam-se em subidas
e descidas

Um peixe nadava em seu aquário
A muito não era alimentado

E embaixo um tapete velho e empoeirado
Começava a ficar embolorado

Seus cabelos encresparam
Caindo sobre os olhos

Mas a sós na madrugada
Esses já não choram

O fronte da velha maçã dourada
Descascava-se em outras cores

Até que por uma manhã muito engraçada
Simplesmente evaporou

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