A minha terra não é a dos salgueiros
Tão pouco a do caviar
Nem das esquadras
Ou até mesmo de Cabral
Não vivo entre palmeiras
Nem lembro do assobio do sabiá
Mas me lembro com clareza...
Da multidão que se aperta no busão
De sua imensa agitação
maior até
do que um parque de diversão
Do descaso vivido por todos nós
Em seus diferentes graus
Lembro também de correr entre os moleques
Quando era um
E levar sova da minha materna
Por sempre ir muito longe de casa
De paixões irrealizáveis
Das brigas entre amigos, sem sentido
As perseguições com apelidos
Malignamente indelicados
Aqui tem histórias
Assim como há em qualquer lugar
Mas não somos como aí
Muito menos como acolá
Minha terra
É a terra que é minha
E sempre será
Em vida ou nas trincheiras
Na saúva e na dormência
E sempre:
Ao vencedor, as batatas!
Assim
Não obstante
O seja!
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