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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Caos



O Caos



Ele estava além mesmo do próprio espaço e nem precisava mais ver a vida, seus pensamentos já bastavam. O tempo ainda não existia, mas mesmo assim aos poucos ele afundava mais e mais sobre si mesmo, seu peso o dobrava sobre a própria cabeça. Já não havia humor, nem mais queria o poder, porém para sua desgraça já era tarde, afundara tanto que agora ficara preso em sua própria consciência e mesmo assim ainda não parava de cair. A angustia ali cresceu tal qual trepadeira a ponto conseguir de finalmente o silenciar os seus gemidos. O gigante já não dormia, nem mais existia! Toda a sua existência sumira ali mesmo em sua mente.

O titã se apagou!

Então ouve-se uma explosão.
- Buuuum!!
Teria sido um sopro de vida?
- Buuuuuum!
Será que haveria algo além das cavernas que o outro vivera enterrado?
- Buuuuuuuuuuum!

Era isso! A vida!

As estrelas finalmente começaram a surgir, toda a metafísica fora ativada, enfim, o tempo começou a girar! Das carcaças do suicida a liberdade pode brotar quase como líquens que aos poucos conseguiria sumir com toda aquela barbaridade que que sobrara daquele parto. Sua infelicidade já não era lembrada, talvez nem mesmo existira ele estava tão preso a si que nem mesmo notara o espaço, não havia como o ter notado. E o que parecia ser o final na verdade se tornou a concretização do desejo do então suposto amargurado. Agora a existência estava solta, uma entidade livre a "atuar" infinitamente pelo espaço.

Sim, o seu fim dera início a tudo.

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