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sábado, 5 de março de 2011

Beirute



Mais uma vez o asco me alcançava e então, desesperado, decido ir ver minha velha companheira que sempre me ajudava nessas situações.
- Olá Nantes, tudo bem com você?
- Pois não meu jovem, tudo ótimo. O que o traz aqui?
- Pois é minha cara, estou novamente sumindo na maré... o peso tornar a cair sobre minh'alma. Estou farto de toda essa idiotice, toda essa inutilidade que me impede de fazer o que realmente quero.
- E o que você quer?
- Quero apenas a leveza da felicidad! Esquecer esses rancores que tanto me atormentam, os males causados pelo meu orgulho desventureiro...
- Mas você pode fazer isso!
- Como?
- Talvez eu pareça um tanto grosseira, mas basta apenas "explodir" esse seu egocentrismo e passar a olhar as coisas mais simples da vida! Sabe querido, nem tudo tem que ser difícil e quase nada é impossível. Sem contar que as melhores amizades sempre começaram assim, em meio a essas loucuras. Você tem medo de ter mudado, sei como é, mas ainda é o mesmo garoto perdido que entrou por aquela porta a 3 anos atrás, porém mais velho e maturo. Acredite, você ainda é capaz de muitas coisas, basta esquecer toda essa loucura trazida por esse orgulho que você tanto fala e fazer de uma vez por todas o que tanto deseja, bem ai no fundo de sua alma.
- Vó Nantes... Só você mesmo para abrir meus olhos desse jeito! Sim, realmente tenho sido míope em relação ao mundo, preciso rever com cuidado minha ótica. Muito obrigado, mais uma vez, por tudo isso, porém preciso voltar agora, tenho "contas" a acertar com a minha vida. Depois passo aqui de novo e te conto como vão as coisas, tchau Vó Nantes!
- Tchau querido! E não se esqueça, você tem o potencial.

E mais uma vez torno a trilhar de volta a minha casa, novamente estupefado com o drama infantil que dei a toda aquela situação. Ainda bem que sempre posso contar com essa velha que sempre está a abrir meus olhos diante o mundo das outras possibilidades.

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