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terça-feira, 24 de março de 2015

Fábrica de desejos

As orquídias de plástico
secam em meu varal

seu cheiro e cores decoravam meu quintal

Das janelas fechadas, não passava nem bom dia
os raios de sol tremeluziam perante minha face pálida e vazia

o mal encarado perguntava-se pela verdade.

o que ela seria?

meu prazer?

microondas apita
a comida ainda estava fria
por que a beleza seria o que eu desejaria?

seus olhos cansados
pareciam vermelhos em um espelho
seu reflexo talvez visse mais do que seus olhos poderia
Um rapaz rachando em milhões de pedaços

quantos mais, por aí, guardariam seus espelhos quebrados?





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